Comentário: Propostas de Xi Jinping motivam novo dinamismo para cooperação do BRICS
“Não importa quais são as dificuldades, a cooperação do BRICS terá um desenvolvimento estável e um futuro promissor uma vez que os cinco países pensem no mesmo objetivo e conjuguem seus esforços”, disse o presidente chinês, Xi Jinping, durante a 13ª Cúpula do BRICS, que foi realizada nesta quinta-feira (9) via videoconferência.
Na ocasião, o líder chinês propôs que os países do BRICS persistam na resposta conjunto a dificuldades, na acessibilidade de vacinas, nos benefícios recíprocos, na equidade e na aprendizagem mútua. O diretor do Centro de Pesquisa e Negócios China-Brasil, Ronnie Lins, considerou que as sugestões do presidente Xi Jinping injetaram uma nova força-motriz para o desenvolvimento futuro do BRICS.
Este ano marca o 15º aniversário do estabelecimento do mecanismo de cooperação do BRICS. Nesse período, a colaboração pragmática do bloco deu contribuição muito positiva à paz e ao desenvolvimento mundial. Em 2020, o volume econômico dos cinco países do BRICS representou 24,42% do total mundial e seu volume comercial ocupou 16,98% também mundialmente.
Muitos analistas apontaram que as iniciativas chinesas desempenham um papel indispensável da promoção de cooperação do BRICS. Durante a cúpula de ontem, as “cinco persistências” apresentadas por Xi Jinping não apenas abordam a colaboração no combate atual à pandemia, como também focam em aspectos de longo prazo, tais como recuperação econômica, cooperação política e intercâmbios culturais.
Atualmente, a tarefa mais urgente do globo é o controle da pandemia da COVID-19. Até o momento, a China já proporcionou mais de um bilhão de doses de vacinas a mais de 100 países e organizações internacionais. Além disso, Xi Jinping anunciou que o país ainda planeja doar mais 100 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 para países em desenvolvimento ainda este ano, além das doações de US$ 100 milhões para o plano do COVAX.
Em seu discurso, Xi Jinping ainda apelou pelo rastreamento da origem do vírus via meios científicos e pela oposição à politização e estigmatização relacionada a este trabalho. O líder também pediu que os países do BRICS pratiquem o multilateralismo real, tomem sua responsabilidade política e se apoiem nos esforços na luta contra o surto.
Vale notar que apesar do sofrimento da pandemia, a cooperação do BRICS nunca parou seus passos. O bloco estabeleceu a Base de Inovação de Parceria da Nova Revolução Industrial do BRICS em Xiamen, no sul da China, aprovou o Plano de Ação da Luta Antiterrorista e divulgou a Declaração de Nova Deli. Todas as iniciativas reforçaram ainda mais o papel do bloco no palco internacional.
Em 2022, a China presidirá a 14ª Cúpula do BRICS. Podemos predizer que o país continuará se esforçando com sua sabedoria e ação para motivar novo dinamismo à cooperação do bloco para que este desempenhe um papel ainda mais positivo na recuperação econômica mundial e na governança global.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Erasto Santos Cruz