Comentário: "O país nº1 do mundo em propagar informações falsas" está engolindo seus próprios resultados malignos
Desde o surto, notícias falsas da epidemia têm enchido a sociedade dos EUA e cobriram tanto a consciência científica quanto a sansatez das pessoas. Não é de se admirar que o relatório publicado pelos três think-tanks chineses chama os EUA de “país nº1 do mundo em propagar informações falsas”.
Muitos lembram que o ex-presidente dos EUA, que havia repreendido notícias falsas, publicou muitas vezes informações falsas e não científicas através de coletivas de imprensa e redes sociais. Por exemplo, ele disse que a pandemia era apenas uma “grande gripe" e que "desaparecerá à medida que o tempo esquentar", e ainda difundiu opiniões pseudo-cientificas, como “hidroxicloroquina pode tratar da Covid-19” e “injeção de desinfetante pode matar o vírus". Alguns estadunidenses morreram por sua credulidade.
Enquanto as emoções irracionais das pessoas foram estimuladas por políticos, promovendo a propagação de informações falsas, as principais redes sociais ocidentais, afirmando defender a chamada “liberdade de opinião”, também levaram à uma enxurrada de informações falsas.
Segundo uma pesquisa da Aliança de Ciência da Cornell, de janeiro a maio do ano passado, em mais de 38 mihões de artigos sobre a pandemia publicados em mídias de língua inglesa em todo o mundo, mais de 1,1 milhão possuem informações falsas. Esses artigos foram repostados mais de 36 milhões de vezes em várias redes sociais, dos quais 3/4 ocorreram no Facebook. Joshua Sharfstein, da Universidade de Johns Hopkins Universit, apontou que essas informações falsas são “um dos principais motivos do mal desempenho dos EUA na luta contra a epidemia”.
Hoje, os casos confirmados do novo coronavírus ultrapassam 37 milhões nos EUA, e o número de óbitos supera 620 mil, ambos os maiores do mundo. O diretor do Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH), Francis Collins, revelou recentemente que nas próximas semanas, os novos confirmados diários poderão chegar a 200 mil no país.
"O país nº1 do mundo em propagar informações falsas" está engolindo seus próprios resultados malignos. Os perpetradores e propagadores de informações falsas devem ser responsabilizados.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Erasto Cruz