Comentário: Jogo de poderes causa desastres humanitários nos EUA
Três think-tanks prestigiosos da China publicaram em conjunto nessa segunda-feira (9) um relatório, revelando a verdade do desempenho estadunidense na luta contra a Covid-19. O documento não só desmarca a mentira de que “os EUA ficam no primeiro lugar do mundo no combate à pandemia”, como também mostra ao mundo como o povo norte-americano inocente cai na armadilhado jogo dos poderes.
Até hoje, o número de confirmados com Covid-19 ultrapassou 35 milhões nos EUA. Os mortos atingiram 610 mil. Ambos os números são os maiores no mundo. Para os estadunidenses, esta pandemia, além de uma calamidade natural, é mais um desastre humano. As disputas de partidos políticos politizaram a luta antiepidêmica, fazendo com que as pessoas que não deviam morrer perdessem suas vidas.
No início do surto, o governo de Donald Trump tentou reduzir o risco da crise sanitária, enganando o povo ao dizer que a Covid-19 não passava de uma gripe comum, para estabilizar a economia e o emprego, a fim de consolidar a base para sua reeleição pelo Partido Republicano. Quase todas as medidas de controle epidêmico, tais como, teste de ácido nucléico, uso de máscara, distância social, vacinação, etc, ficaram reféns da luta partidária.
Como consequência das disputas internas, as políticas anti-epidêmicas são caóticas e as ações são lentas. Até seis meses depois da eclosão da pandemia, o governo federal ainda não havia elaborado uma estratégia nacional única, perdendo o melhor tempo para o controle da contaminação.
A falha dos EUA em combater a pandemia reflete o fracasso do sistema democrático estadunidense. A Casa Branca lutou contra o Parlamento, e no mesmo Congresso, o Senado e a Câmara dos Representantes também se confrontaram, provocando a interferência dos departamentos de Justiça na luta partidária. Aliás, os governos regionais não obedecem os governos dos estados, e os estados não obedecem o governo federal. Como os governos sem união podem liderar a resposta à pandemia?
O jornalista do New York Times Doyle McManus escreveu em uma coluna que vive em um país desunido.“Estamos testemunhando a erosão do país diante dos nossos próprios olhos.”
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Patrícia Comunello