Comentário: Austrália não está em posição de se achar especialista dos direitos humanos
A 47ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas debateu no dia 8 o relatório de direitos humanos da Austrália. Na ocasião, representantes da China, Rússia, Síria e da Agência da ONU para Refugiados manifestaram grande preocupação com as atividades de violação dos direitos humanos realizadas pela parte australiana.
Nos últimos séculos, a Austrália nunca parou de perseguir os aborígines. Quando os britânicos chegaram ao local em 1788, havia cerca de um milhão de aborígines. No início do século XX, este número já caiu para menos de 20 mil. Atualmente, os aborígines ocupam apenas 3,3% da população australiana, mas correspondem a 28% da população carcerária. No entanto, as autoridades e a imprensa australiana pareceram ficar surdas quando o Comitê de Direitos Humanos da ONU a condenou por esta história vergonhosa.
Segundo pesquisas realizadas por organizações antirracismo da Austrália, os muçulmanos, chineses e aborígines no país sofreram muito com o racismo. Os políticos australianos também fecharam os olhos para essa realidade.
Além disso, australianos também violaram gravemente os direitos humanos das pessoas de outros países. Por exemplo, em novembro de 2020, militares australianos no Afeganistão mataram 39 civis, incluindo um menino de apenas 14 anos. A comunidade internacional condenou veementemente essa conduta, mas a parte militar da Austrália usou o pretexto de que os soldados estavam apenas em treinamento. Ao mesmo tempo, departamentos da justiça australiana ainda acusaram David McBride, militar que revelou o escândalo. McBride sofreu com a retaliação da autoridade australiana, mas quem cometeu esses crimes no Afeganistão continua vivendo bem.
Os crimes cometidos pela Austrália no âmbito dos direitos humanos violaram a Lei Internacional e a consciência humana, e prejudicaram também a fama do país no mundo. O ex-embaixador da Austrália na Polônia, Tony Kevin, disse que seu país está se tornando uma triste piada.
Os fatos demonstraram que a Austrália não está em posição de se achar “especialista dos direitos humanos”, nem de criticar a situação dos direitos humanos em outros países. Os políticos australianos devem fazer uma retrospectiva sobre seus próprios problemas em vez de interferir nos assuntos internos de outros países sob o pretexto de direitos humanos.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Gabriela Nascimento