Comentário: China oferece propostas para governança global após a pandemia
“Devemos aplicar os princípios de consulta mútua, de construção conjunta e de compartilhamento, insistir no multilateralismo, na abertura abrangente e na cooperação de benefícios recíprocos e avanço com o tempo”, afirmou o presidente chinês, Xi Jinping, na Cúpula do G20 realizada no dia 21 por videoconferência. Estas são as propostas chinesas para a ordem internacional e a governação global no mundo pós-pandêmico.
Vale lembrar que o mecanismo do G20 foi criado por causa da crise financeira internacional há 12 anos atrás. O G20 se tornou de uma plataforma para tratar crises econômicas em um importante instrumento para a governança global.
No entanto, a pandemia é uma crise muito maior que a crise financeira de 2008. O G20 não só tem a responsabilidade de resolver os problemas atuais, como também precisa traçar planos de longo prazo para o futuro da humanidade. Como o mundo sairá do atual impasse? Xi Jinping indicou que é necessário construir um firewall global anti-epidêmico, facilitar atividades econômicas internacionais, aproveitar o papel de incentivo da economia digital e alcançar um desenvolvimento mais abrangente.
Líderes de outros países do G20 também contam com opiniões semelhantes. O presidente russo, Vladmir Putin, por exemplo, pediu mais apoio aos países em desenvolvimento. O Rei Salman da Arábia Saudita enfatizou a importância de tratar bem as vulnerabilidades destacadas na pandemia e proteger a vida e o emprego.
Em seu discurso, Xi Jinping ressaltou o prestígio e a posição chave das Nações Unidas e a defesa do sistema comercial multilateral, diferenciando-se bastante de alguns países, que negaram as funções da ONU e seus órgãos concernentes na luta contra a pandemia e promoveram o unilateralismo e o protecionismo, agravando ainda mais a situação que já é bem difícil.
Ao mesmo tempo, ainda faltam consensos aos países envolvidos sobre as regras da governança da economia digital. Xi Jinping adiantou que a parte chinesa quer elaborar junto com todas as partes interessadas as regras concernentes e promover diálogos em prol da inteligência artificial.
12 anos atrás, perante a crise financeira internacional, a China participou ativamente do estabelecimento do G20. Hoje em dia, ao enfrentar a pandemia, o país mostrou mais uma vez sua qualidade de um construtor da paz mundial, um contribuinte do desenvolvimento global e um defensor da ordem internacional. Assim como expressou o secretário-geral da ONU, António Guterres, num mundo cheio de incertezas, a China defende o multilateralismo, salvaguarda a justiça e traz confiança.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Erasto Santos Cruz