Comentário: Como o “defensor dos direitos humanos” enfrenta os questionamentos de cem países
Numa reunião de três horas e meia do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), representantes de mais de 110 países, incluindo aliados dos EUA, fizeram fila para fazer perguntas sobre os direitos humanos dos EUA, fazendo críticas e sugestões. No mesmo dia, o número de casos confirmados de infecção pelo Covid-19 nos EUA ultrapassou 10 milhões e o número de mortos, quase 240 mil.
Os dados trágicos e as queixas coletivas mostram a situação terrível do “defensor dos direitos humanos”.
Como é que os direitos humanos mais fundamentais, o de sobrevivência e o de desenvolvimento, foram tão atropelados assim?
A única resposta é que este é o resultado inevitável das atitudes de alguns políticos americanos, os quais colocaram os interesses da política e do capital acima da vida das pessoas.
Os idosos e as minorias étnicas são as principais vítimas desta tragédia. De acordo com as estatísticas do New York Times, as mortes em asilos nos EUA já representaram um terço do número total de mortes nos EUA. A proporção é assustadora. As casas de repouso se tornaram necrotérios. O vice-governador do Texas, Dan Patrick, disse com frieza que apoia a retomada da economia estadunidense à custa da vida dos idosos.
A pandemia também ampliou a diferença racial nos EUA. Segundo as estatísticas mais recentes do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), na faixa etária de 30 a 39 anos, as mortalidades pelo Covid-19 entre os de origem latino-americana e africana foram respectivamente 38,4% e 27,9%,; no entanto, o número entre brancos foi de 20,2%. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas, caso os doentes recebessem tratamentos oportunos, afirmou um artigo publicado pela The Century Foundation.
As mortes evitáveis refletem a discriminação racial e os problemas do sistema político dos EUA. É uma pena que inúmeras pessoas de diferentes cores de pele foram aos EUA em busca do "sonho americano", mas tiveram, por fim, o “pesadelo americano".
Os políticos estadunidenses ainda causaram desastres humanitários em outros países. Por causa de sanções dos EUA, os diabéticos dificilmente receberam insulina. A pandemia dificultou ainda mais a vida das pessoas.
O mundo inteiro já conhece muito bem que os “defensores de direitos humanos” são na verdade “violadores dos direitos humanos”.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Gabriela Nascimento