Comentário: Nova perspectiva de desenvolvimento da China dinamizará a economia mundial
Os resultados positivos do combate à epidemia do novo coronavírus estão proporcionando um feriadão do Dia Nacional e da Festa da Lua muito animado aos chineses. De acordo com os dados do Ministério da Cultura e Turismo do país, o primeiro dia do feriado já movimentou 97 milhões de pessoas em viagens, com receita turística de 76,65 bilhões de yuans. A recuperação do consumo está fomentando um novo panorama no desenvolvimento da China, apoiada na grande circulação doméstica.
Desde a crise financeira de 2008, a economia mundial tem se encontrado num período de ajuste. A pandemia do Covid-19, juntamente à tendência do unilateralismo e protecionismo, lançou uma nuvem sobre a cadeia da indústria global. Nessa sombra, a China conseguiu se recuperar da queda e realizar um novo crescimento em oito meses, apresentando uma boa perspectiva de desenvolvimento econômico ao redor do mundo.
A estatística da Organização Mundial de Cooperação Econômica mostra que a China foi o único país do G20 que alcançou um aumento econômico no segundo trimestre deste ano. O Banco Mundial também elevou a previsão de crescimento econômico da China para 2%.
O que faz a China se adaptar à nova situação tão rapidamente? Parece aqui ter dois dados que podem justificar. Por um lado, a proporção do superavit da conta-corrente no PIB caiu de 9,9% em 2007 para 1%. Por outro, a demanda interna já contribuiu acima de 100% para o crescimento econômico por 7 anos consecutivos. Isso significa que a economia chinesa está cada dia mais dependendo do próprio ciclo. Essa estrutura veio de uma longa prática no passado e está atendendo à futura evolução da economia chinesa em vez de ser uma reação obrigatória em frente das mudanças exteriores.
Deve-se notar que a circulação doméstica não é fechada, mas sim vinculada fortemente com a economia global. O fato é que o aumento da demanda interna da China estimula a procura no mercado internacional. Como revelou o diretor executivo da NISSAN, Makoto Uchida, a normalização do mercado chinês alavancou a retomada do principal setor da empresa, registrando até um modesto aumento.
Além disso, a operação efetiva do sistema industrial da China propicia a estabilidade da cadeia da indústria global. A China, em um tempo curto, controlou a epidemia e recuperou a produção em geral. No ponto de vista do especialista alemão, Frank Sieren, a China, como maior base de produção e destino de mercado, deve desempenhar um papel mais acentuado para a cadeia mundial de suprimentos.
A porta da China está cada vez mais aberta. Apesar da pandemia, o país promoveu de forma virtual a Feira de Cantão, lançou o Projeto da Construção do Porto de Comércio Livre de Hainan e reduziu ainda mais a lista de acesso de investimento. A 3ª Exposição Internacional de Importação da China também será realizada como programada.
Passados 71 anos, a nova China está num ponto de partida histórico. Avançando constantemente não obstante as mudanças, continuará ampliando o espaço de desenvolvimento e injetando força à economia mundial.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Erasto Santo Cruz