Comentário: dissociação tecnológica não passa de um jogo estúpido de alguns políticos estadunidenses
“Se os EUA realizarem uma guerra científica e tecnológica com a China, provavelmente serão derrotados,” escreveu recentemente James Jinqi, repórter sênior do jornal britânico Financial Times. Em seu artigo, ele aponta que a supressão das empresas chinesas de tecnologia por Washington pode, de fato, ser prejudicial aos EUA, seja em curto ou longo prazo.
Alguns políticos estadunidenses defenderam recentemente a "dissociação tecnológica", suprimindo loucamente empresas chinesas como a Huawei, TikTok e Wechat. Segundo analistas, essa conduta não trará benefício algum aos EUA, pelo contrário, prejudicará o país.
O governo estadunidense, ao intimidar concorrentes de outros países, dá sinal ao exterior de que aumentará constantemente o risco de seu mercado interno, o que impedirá mais empresas tanto da China quanto de outros países de investirem nele, prejudicando assim a sua própria competitividade.
Como consequência da suspensão de fornecimento de aparelhos da Huawei, a demanda do mercado chinês por produtos passará para outras fornecedoras fora dos EUA, fazendo com que a taxa de ocupação de mercado das empresas estadunidenses dimunua. A gigante produtora de chips Qualcomm advertiu no mês passado que a receita do ano fiscal de 2019 poderá cair ao nível mais baixo em sete anos por causa da redução de encomendas da China.
Vale ressaltar que as medidas tomadas pelos EUA não conterá o desenvolvimento científico e tecnológico da China, e sim incentivará em certo grau a inovação tecnológica do país. “A China está forçada a produzir chips autonomamente”, disse o fundador da Microsoft, Bill Gates, à Bloomberg. Ele se opôs firmemente à proibição da venda de produtos high-tec à China.
Segundo informações, a China está acelerando a pesquisa de tecnologias essenciais e de matérias-primas críticas. O país já está preparado para enfrentar a supressão tecnológica de longo prazo dos EUA.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Erasto Cruz