Comentário: EUA estão brincando com fogo ao jogar a carta de Taiwan
O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, chegou a Taiwan no último domingo (9) como a autoridade norte-americana mais graduada a visitar o local em quatro décadas. Esta conduta violou gravemente os três comunicados conjuntos entre a China e os EUA.
O princípio de “Uma só China” é a base das relações sino-americanas. Conforme os três comunicados conjuntos, os EUA reconhecem que o governo da República Popular da China é o único governo legal do país e os norte-americanos só mantêm contatos culturais, comerciais e outros não oficiais com Taiwan.
Alex Azar visitou Taiwan sob pretexto de uma “cooperação para a luta contra a pandemia”. No entanto, os EUA são o país com mais casos confirmados e mais óbitos causados por Covid-19. Quais são suas experiências que valem a pena serem compartilhadas com outros?
Residentes de Taiwan também mostraram insatisfações para com a autoridade local. Eles perguntaram: por que Azar não ficará em quarentena depois de chegar a Taiwan? Qual é o verdadeiro objetivo desta viagem? Algumas imprensas locais acham que as autoridades de Taiwan colocam a política acima da saúde.
Obviamente, a viagem de Azar não é para o combate à pandemia, mas sim, para procurar interesses políticos, ou seja, manifestar apoio às forças de independência de Taiwan. Com a chegada das eleições presidenciais de 2020, o governo Trump precisa de mais temas para atrair votos e desviar a atenção da sua falha na luta contra o novo coronavírus que já infetou mais de cinco milhões pessoas no país. Portanto, a questão de Taiwan é mais uma carta para jogar contra a China. Antes, Washington já havia provocado guerras comerciais contra o país asiático, fechado o Consulado-geral da China em Houston, sancionado empresas e funcionários chineses, bem como promovido a venda de armas para Taiwan.
O jornal de Taiwan, United Daily News, comentou que a ilha já foi gradualmente empurrada para a linha de frente no confronto entre Beijing e Washington.
A questão de Taiwan conta com os interesses mais essenciais da China e é a questão mais sensível das relações sino-americanas. A conduta dos políticos estadunidenses só vai elevar ainda mais as tensões nas relações bilaterais.
O governo de Trump não pode provocar a China até o limite, nem subestimar a determinação e a vontade da China em defender a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Gabriela Nascimento