Comentário: China amplia abertura e promove recuperação da economia mundial
O relatório de trabalho do governo chinês apresentado nessa sexta-feira (22) à sessão da Assembleia Popular Nacional referiu que o país continua persistindo na abertura ampliada para promover a reforma e o desenvolvimento, comprometendo-se com a estabilização da cadeia de indústrias e suprimentos. No cenário em que a pandemia do COVID-19 impacta o mundo inteiro, o compromisso chinês com a abertura e o multilateralismo eleva a confiança na recuperação da economia mundial.
O relatório fez muitos arranjos concretos em relação à promoção do comércio exterior, utilização do investimento estrangeiro, construção conjunta do Cinturão e Rota e ao reforço da liberalização e facilitação do comércio e investimento. Alguns exemplos que constam no relatório são: o estabelecimento em mais cidades do projeto piloto de desenvolvimento do comércio de serviços, a realização da 3ª Expo Internacional de Importação da China, a redução em grande escala da lista negativa de acesso ao investimento estrangeiro e ainda a definição da lista negativa sobre serviços transfronteiriços.
Em frente da tendência crescente do protecionismo, o relatório reiterou que defende firmemente o sistema do comércio multilateral, impulsiona a assinatura do Parceiro Econômico Regional Abrangente, leva adiante as negociações com o Japão e a Coreia do Sul sobre livre comércio, bem como implementa o acordo comercial da 1ª fase entre China e Estados Unidos.
Tais medidas seguem as políticas adotadas pela China ao longo de muitos anos para aprofundar a reforma e abertura, consistindo também na implementação das iniciativas formuladas pelo presidente chinês, Xi Jinping, na reunião especial do G20 e na conferência da Assembleia Mundial da Saúde. Obviamente, a abertura da segunda maior economia do mundo é essencial para a estabilidade da cadeia global de indústrias e suprimentos.
A disseminação do COVID-19 impede de certa forma o funcionamento normal da logística internacional e ameaça o cumprimento dos acordos comerciais, fato pelo qual as pessoas comecem a revisar a globalização e duvidá-la. Alguns políticos norte-americanos até mesmo aproveitaram a pandemia para pregar a eliminação da China da cadeia de produção global.
No entanto, a globalização econômica é um processo histórico. São as gigantes transnacionais que escolheram a China e a transfomaram na fábrica mundial, com base nos seus “cálculos minuciosos” sobre a eficiência. Os consumidores têm sido beneficiados com os produtos chineses. Já o ex-presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertou que a retirada da China da cadeia mundial de indústrias apenas levará a mais problemas.
Mesmo com a ocorrência do surto, várias empresas multinacionais decidiram ampliar o investimento na China, inclusive Tesla, Exxon Mobil, BASF, Honeywelle, Apple etc. Os investidores estrangeiros mostram interesse pela China a longo prazo.
O desenvolvimento da China é resultado da reforma e abertura, por isso, o país compreende profundamente a importância da abertura.O relatório de trabalho do governo chinês proporcionará sem dúvida uma boa perspectiva para companhias globais em relação à economia mundial.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Erasto Santo Cruz