Comentário: China se esforça para alcançar as metas de desenvolvimento para 2020
Em função da propagação do COVID-19 no mundo inteiro, o governo chinês não publicou a perspectiva sobre o crescimento da economia nacional deste ano no relatório de trabalho apresentado hoje (22) pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, na sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN).
Segundo prevê o Fundo Monetário Internacional, a economia global pode diminuir 3%, o que será a mais grave recessão desde a crise econômica de 1929. Respeitando as regras econômicas, o governo chinês abriu mão de dar uma meta específica para a economia. Apesar disso, enfatizou a missão de vencer a batalha contra a pobreza e concluir a construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos, formulando as exigências para estabilizar a taxa de emprego e garantir o bem-estar do povo. O jornal australiano Financial Review comentou que desta vez a China decidiu não seguir a tradição de definir uma taxa concreta para o aumento econômico pelo fato de priorizar a vida das pessoas.
De fato, o desenvolvimento econômico da China pode ser refletido através de outros índices. Como por exemplo, o relatório apontou que o país criará mais de 9 milhões de novos empregos urbanos se manter a taxa de desemprego urbano pesquisada em cerca de 6%, e garantirá que o aumento de preço ao consumidor não ultrapasse 3,5%.
O relatório ressaltou o princípio das “seis estabilidades e seis garantias”. Configuram a primeira categoria: “estabilizar emprego, finanças, comércio exterior, capitais estrangeiros, investimentos e trabalhos já planejados”. Já na segunda serão: “garantir o emprego dos residentes, a subsistência básica das pessoas, os principais participantes do mercado, a segurança alimentar e energética e a estabilidade da cadeia industrial e de suprimentos”.
Visando minimizar o impacto do COVID-19, o governo chinês cortará os impostos e taxas para reduzir a carga empresarial em mais de 2,5 trilhões de yuans, intensificando ao mesmo tempo o apoio financeiro para estabilizar as operações comerciais. Planejará estabelecer seu deficit fiscal acima de 3,6% do PIB, resultando em um aumento do deficit de um trilhão de yuans (US$ 141 bilhões) em relação ao ano passado. Também serão emitidos um trilhão de yuans em títulos governamentais para o controle do surto.
O relatório reiterou ainda a abertura ao exterior de mais alto nível e a promoção do comércio e investimento, o que ajudará a defender a cadeia internacional de indústrias e suprimentos, estabilizando assim a economia mundial.
A China está disposta a se esforçar para alcançar as metas de desenvolvimento com determinação e capacidade.