Comentário: A China não precisa roubar dados dos EUA para pesquisar vacina do novo coronavírus
O New York Times informou no dia 10 que o FBI e o Departamento de Segurança Interna dos EUA estão se preparando para emitir um aviso público de que “hackers chineses estão tentando roubar os resultados da pesquisa dos EUA sobre o desenvolvimento de vacinas e tratamentos da pneumonia do novo coronavírus”. A CNN também divulgou anteriormente que as autoridades estadunidenses decidiram culpar a China por um grande número de ataques cibernéticos recentes a hospitais, laboratórios e empresas farmacêuticas do país.
Desde o início da epidemia, alguns políticos dos EUA têm espalhado mentiras para denegrir a China, mas todas falharam. Roubar resultados da pesquisa sobre a vacina não passa de um novo truque da parte norte-americana.
Primeiro, vamos ver o que tem sido feito pelo governo estadunidense em termos de pesquisa e desenvolvimento da vacina. Ainda em março, o governo dos EUA foi exposto pela mídia ao tentar comprar a tecnologia de desenvolvimento de vacinas de uma empresa alemã de biotecnologia por US$ 1 bilhão, e pretendia usá-la somente nos EUA. A tentativa foi amplamente criticada pela comunidade internacional.
Recentemente, numa reunião internacional de doação para combate ao COVID-19 promovida pela UE, todas as partes doaram um total de 7,4 bilhões de euros para a pesquisa, produção e distribuição justa da vacina. No entanto, o governo dos EUA, país mais desenvolvido do mundo, não apareceu nem doou nenhum centavo. Alguns participantes expressaram preocupação de que a política de “prioridade dos EUA” possa levar a uma “competição transatlântica de vacina”.
Ainda há mais exagero. De acordo com a reportagem da Columbia Broadcasting System no dia 10, a pesquisa do famoso virologista americano, Peter Daszak, sobre o novo coronavírus foi suspensa pelo governo porque sua pesquisa foi conduzida em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde e o Instituto de Virologia de Wuhan.
Depois, vamos falar sobre o problema do roubo cibernético. No mundo de hoje, nenhum país é mais adequado do que os EUA para ser chamado de “país de hackers”, e a China é certamente a vítima de repetidos ataques de hackers. Por muitos anos, os EUA violaram a lei internacional e as normas básicas das relações internacionais ao realizarem roubos de segredos cibernéticos, monitoramentos e ataques, organizados e em larga escala, a governos, empresas e indivíduos estrangeiros. Isso já é um segredo aberto. Na reportagem do New York Times, os EUA usaram palavras pouco claras, como “especialista de segurança” para acusar a China pelo chamado “plágio de dados”. É quase a mesma situação do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, insistindo que “o vírus vazou de um laboratório chinês”, mas sem evidência alguma. Isso só prova a lógica hegemônica de alguns políticos estadunidenses.
No dia 6 de maio, a equipe de Qinchuan, do Instituto de Animais de Laboratório Médico da Academia Chinesa de Ciências, liderou várias equipes de pesquisa que publicou na revista Science o resultado de testes em animais, confirmando que a vacina inativada desenvolvida por uma empresa de Beijing é segura e eficaz em macacos. Trata-se do primeiro resultado experimental em animais para o desenvolvimento da vacina do novo coronavírus relatado publicamente.
Obviamente, a China lidera o mundo na pesquisa e tratamento da vacina, e sempre estará aberta. Como alguns observadores apontaram, “como o país mais experiente na resposta ao novo coronavírus, a China não precisa roubar informações dos EUA por meio de hackers”.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Erasto Cruz