Comentário: Economia chinesa mantém tendência promissora de longo prazo
O PIB do 1º trimestre da China somou 20,65 trilhões de yuans, registrando uma queda de 6,8% em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme os dados divulgados hoje (17) pela Administração Estatal de Estatísticas do país.
A cifra não foi fora da esperada devido ao surto do COVID-19 em janeiro. Perante a epidemia, salvar vidas a qualquer custo se tornou a tarefa mais importante. Para tal objetivo, a China tomou medidas rigorosas para restringir movimentações de pessoas e atividades econômicas. Foi natural que o crescimento econômico tenha sido afetado.
Com a disseminação da pandemia pelo mundo, o investimento transnacional, o comércio de mercadorias e a movimentação de pessoas pelo globo reduziram significativamente. Muitas agências internacionais baixaram suas perspectivas sobre o crescimento econômico mundial. Neste contexto, a economia chinesa também sofreu impactos.
Também vale notar que, nos últimos dois meses, a China redobrou esforços para recuperar sua produção econômica ao mesmo tempo em que combate a epidemia. A medida já se comprovou efetiva. Atualmente, com a melhoria da tendência de prevenção e controle epidêmico, o desenvolvimento socioeconômico da China vem se tornando mais estável. O ritmo de queda dos principais indicadores econômicos do país diminuiu em março, dando um sinal à sua recuperação.
Ao mesmo tempo, os preços de produtos e a taxa de emprego da China permaneceram estáveis de modo geral e o padrão de vida da população foi garantido. Apesar de influências severas da epidemia, não foram registrados desempregos em grande escala no primeiro trimestre.
Em março, a taxa de desemprego nas zonas urbanas caiu em 0,3 ponto percentual em comparação com fevereiro. O ritmo de incremento do Índice dos Preços ao Consumidor teve uma queda de 0,9 ponto percentual em março e, sobretudo, o aumento dos preços de alimentos diminuiu, o que indicou a oferta abundante de alimentos e a circulação fluente de produtos no país.
No primeiro trimestre deste ano, as novas forças motrizes para o desenvolvimento econômico da China continuaram crescendo. O valor agregado dos setores de transmissão de informações e serviços de software e tecnologia da informática teve um aumento de 13.2%. As indústrias relacionadas à internet também tiveram um desempenho ativo. O comércio eletrônico, aprendizagem online e consulta médica à distância desenvolveram-se rapidamente.
A base para o crescimento econômico da China a longo prazo não mudará devido aos impactos da epidemia do COVID-19 a curto prazo. Apesar da queda do crescimento do PIB, o sistema industrial do país não caiu, em vez disso, a China está aprofundando sua reforma e abertura e promovendo a inovação para incentivar o potencial e o dinamismo de sua economia.
A pandemia do COVID-19 continua se propagando pelo globo, intensificando a pressão assimétrica da economia mundial. A China deve preparar-se para enfrentar riscos externos grandes. Apesar disso, o país tem a confiança e a capacidade necessárias para lidar com os riscos e recuperar sua economia.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Erasto Santo Cruz