Comentário: Roubo de máscaras reflete o supremo egoísmo nacional dos EUA
A CNN informou o atual roubo das máscaras de vários países em meio à pandemia, descrevendo que estão em uma “guerra de máscaras”. Nessa “guerra”, o país que está a frente é os EUA. Desde o início da pandemia, não pararam as notícias de que os EUA interceptaram máscaras e materiais de prevenção ao novo coronavírus. Eles roubaram até mesmo de seus aliados.
Segundo a imprensa alemã, um lote de máscaras compradas na China foi interceptado e transportado aos EUA. O senador alemão, Andreas Geisel, criticou denominando como uma “pirataria moderna”. A imprensa francesa também informou que um grupo de máscaras compradas pela França foi roubado pelos EUA.
Perante a pirataria estadunidense, todos os países têm que usar métodos extraordinários para proteger seus materiais médicos. Por exemplo, o Brasil anunciou que enviará aviões militares para buscar as máscaras da China, a fim de garantir que os materiais de socorro não sejam roubados no caminho.
Enquanto roubavam materiais, os EUA lançaram a Lei da Produção de Defesa Nacional, para impedir a exportação de produtos de prevenção. O governo norte-americano exigiu que a 3M, produtora de máscaras de N95, transportasse de volta as máscaras produzidas fora dos EUA e proibiu que exportasse o produto ao Canadá e à América Latina.
A resposta à pandemia parece um espelho que reflete o egoísmo de alguns políticos norte-americanos, e também faz com que a comunidade internacional entenda melhor o verdadeiro significado do chamado "priorizar os EUA". Isto é, tanto a ordem internacional quanto os aliados só servem ao interesse nacional dos EUA.
O comportamento antiético dos EUA marcou uma nova rachadura na parceria transatlântica e aumentou a força centrífuga entre os EUA e a Europa. Como consta em um artigo do jornal britânico The Guardian, "em muitos aspectos, a distância entre os EUA e a Europa é maior do que em qualquer outro momento desde 1941".
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse em um discurso: “nós mentimos, trapaceamos e roubamos”. Para a Europa, as ações estadunidenses fazem lembrar o que disse o ex-presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk: "Com um amigo como os EUA, quem precisa de um inimigo?”
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Diego Goulart