Comentário: três perguntas para os EUA sobre o COVID-19
Nos últimos dias, políticos norte-americanos, incluindo Donald Trump, mencionaram várias vezes o COVID-19 como “vírus chinês”, causando muitas críticas da comunidade, pois é considerado por muitos uma atitude racista, xenofóbica e pretensiosa.
A origem do novo coronavírus precisa de pesquisas e provas científicas. O diretor do Instituto Mario Negri, uma das principais entidades de pesquisa clínica e biomédica da Itália, Giuseppe Remuzzi, disse recentemente à imprensa norte-americana que em dezembro ou até mesmo novembro do ano passado eles já haviam descoberto uma pneumonia muito estranha. Isso significa que o novo coronavírus poderia já ter começado a se espalhar na Lombardia, norte da Itália, antes mesmo do surto ocorrido na China.
O famoso especialista chinês, Zhong Nanshan, também tinha dito que o surto começou na China, mas ainda não se sabe onde nasceu o vírus.
O jornalistas britânico, Amanda Walker, do Sky News, disse que milhares de norte-americanos já morreram por causa de uma epidemia, e isso já é uma culpa clara de seu presidente. Denominar o COVID-19 de “vírus chinês” é apenas um pretexto para escapar das acusações.
Agora, o governo norte-americano precisa esclarecer três dúvidas:
Primeira, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA estimou que a gripe começou em setembro de 2019 no país e que já causou mais de 20 mil mortes. O diretor da entidade, Robert Redfield, confessou que algumas vítimas fatais foram causadas pelo COVID-19. Então, qual é o número exato dos casos infectados pelo novo coronavírus entre os 20 mil mortos? Os EUA tentaram ou não cobrir a situação verdadeira da nova pneumonia aproveitando a gripe?
Segunda, porque a base de pesquisa de armas químicas e biológicas, o Forte Detrick, localizado no Estado de Maryland fechou de repente em julho de 2019? Logo depois, começou a grande gripe nos EUA e em outubro do ano passado, várias organizações norte-americanas realizaram uma manobra para enfrentar epidemias globais, chamada “Event 201”. Recentemente, internautas norte-americanos pediram o esclarecimento do verdadeiro motivo do fechamento do Forte Detrick no site da Casa Branca.
Terceira, nos meados de fevereiro, o governo norte-americano ainda disse que a situação da pneumonia causada pelo COVID-19 nos EUA era controlável, mas por que, ao mesmo tempo, vários funcionários do Comitê de Inteligência do Senado venderam ações de milhões de dólares? Perante a ameaça da epidemia, eles não consideram a vida como prioridade, ao invés disso realizam negócios de ações através de informações dos bastidores?
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Erasto Santos Cruz