Comentário: políticos dos EUA falam bobagens mas não permitem que outros questionem?
Durante uma audiência na Câmara dos Deputados dos EUA sobre a pneumonia do COVID-19 realizada recentemente, a seguinte conversa ocorreu: “Será possível que nos Estados Unidos, algumas pessoas aparentemente morreram por influenza foram realmente casos fatais do COVID-19?” Perguntou o congressista Harley Rouda. O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país, Robert Redfield, assim respondeu: “Até agora, alguns casos foram realmente diagnosticados dessa maneira nos Estados Unidos”.
Isso provocou uma forte reação da opinião pública. A resposta de Redfield significa que o país reconhece a existência de mortes por COVID-19 nos EUA que foram confundidas com mortes por influenza, fornecendo mais evidências para o questionamento sobre a origem do novo coronavírus. Com o surgimento contínuo de brechas na prevenção e controle da epidemia nos Estados Unidos, mais e mais olhos céticos estão se concentrando nesse país.
De fato, desde que um casal japonês foi confirmado com COVID-19 após sua viagem ao Havaí, nos EUA, em fevereiro deste ano, houve mais e mais dúvidas sobre a origem do vírus.
Podemos fazer uma retrospectiva simples. Esta estação de influenza nos EUA começou em setembro de 2019. No mês seguinte, atletas militares dos EUA vieram a Wuhan para participar do 7º Jogos Militares Mundiais. Durante o evento, alguns atletas estrangeiros contraíram doenças infecciosas importadas. Em dezembro, o primeiro caso infectado pelo COVID-19 apresentou sintomas em Wuhan. Como os Estados Unidos reconhecem que os casos de pneumonia de influenza incluem as mortes do COVID-19, é lógico que o mundo questione se a origem do novo coronavírus é realmente nos EUA.
Alguns dias atrás, o think tank canadense "Global Research" publicou no seu site um artigo assinado por Larry Romanov, afirmando que "as últimas descobertas são chocantes. O vírus se origina nos Estados Unidos?" A análise sobre fonte do vírus detectado no Irã e na Itália indica que os dois países já divulgaram os genomas do vírus local e descobriram que eles diferem do genoma chinês. Isso significa que eles não são originários da China. O artigo também apontou que, devido a grande atenção da mídia ocidental na China, muitas pessoas pensaram que o novo coronavírus foi transmitido da China para outros países, mas agora parece que isso foi provado errado.
A prevenção e controle global da epidemia está em um momento crucial. Em 15 de março, foram confirmados 72.469 casos do COVID-19 fora da China, 2.531 dos quais morreram pela doença. Muitos países, incluindo os Estados Unidos, declararam estado de emergência.
No entanto, a reação de alguns políticos dos EUA tem sido surpreendente. Por exemplo, Newt Gingrich, ex-presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, disse que a afirmação de que a origem do novo coronavírus nos Estados Unidos era uma "mentira". Do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que chamou o COVID-19 como "Wuhan coronavírus", ao senador republicano dos EUA, Tom Cotton, que acusou “um laboratório bioquímico altamente protegido em Wuhan" de ser a origem do COVID-19, e ao comentário discriminatório do Wall Street Journal intitulado "A China é o verdadeiro doente na Ásia", alguns políticos e meios de comunicação norte-americanos baseados no pensamento da Guerra Fria e no preconceito ideológico não pouparam esforços para atacar e difamar a China. No entanto, eles não conseguiram apresentar nenhuma evidência.
De fato, cada vez mais cientistas tiveram descobertas valiosas através de pesquisas. Por exemplo, em 24 de janeiro, a versão on-line do The Lancet publicou um trabalho de pesquisa envolvendo sete médicos do Hospital Jinyintan de Wuhan. A análise estudou 41 casos do COVID-19 que foram inicialmente tratados em Wuhan e descobriram que 13 dos quais não tinham história de contato com o mercado de frutos do mar Huanan, em Wuhan.
No dia 26 de janeiro, a revista Science publicou o artigo intitulado "O mercado de frutos do mar Huanan de Wuhan pode não ser a origem do novo coronavírus", citando a opinião de Daniel Luecy, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Georgetown, Estados Unidos. Ele considera que “13 pessoas infectadas não tiveram conexão com este mercado, isso não é um número pequeno." Ele acredita que, se esse fosse o caso, o novo coronavírus poderia ter se originado em outro lugar.
A fonte do vírus é uma questão científica e requer opinião profissional. Alguns políticos dos EUA ignoram a pesquisa científica e fabricam rumores para difamar outros sem fundamento. Ao mesmo tempo, eles não permitem que outros lhes questionarem com base na lógica e no senso comum. Esta é uma prática de padrão duplo e dominadora.
Espera-se que os Estados Unidos, ao fazer seu trabalho na prevenção e controle da epidemia, cooperem com a comunidade internacional com base nos princípios científicos, profissionais e racionais para esclarecer a questão principal da fonte do vírus, além de responder a perguntas públicas e do mundo com fatos verdadeiros.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Diego Goulart