Chancelaria chinesa: Declaração Conjunta Sino-Britânica não tem relação com os EUA
As políticas básicas e instruções específicas sobre Hong Kong, contidas na Declaração Conjunta Sino-Britânica, são uma exposição de política manifestada unilateralmente pela China, tratando-se de um assunto exclusivamente interno da China e não conteúdos do acordo, disse a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, em uma entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (3). Ela disse que aplicar o princípio de “Um país, Dois sistemas” em Hong Kong é baseado na Constituição da China e na Lei Básica e não na Declaração Conjunta Sino-Britânica. A afirmação de Hua Chunying foi em contestação às palavras inadequadas do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, sobre o documento sino-britânico.
Segundo Pompeo, a Declaração Conjunta Sino-Britânica é um “tratado” registrado e aprovado pela ONU. Os EUA desejam que os compromissos no acordo não sejam “cheque zero” e que a China apresente uma “solução que respeite” o “Um País, Dois Sistemas”.
Em relação ao isso, Hua disse que não é possível saber se Pompeo já leu o documento, se ele sabe quantas cláusulas tem, quais os conteúdos detalhados. Ele sabe que o núcleo dessa declaração é a recuperação do exercício da soberania de Hong Kong pela China? Hua disse que isso é assunto interno da China e não tem relação com os EUA.
Segundo a porta-voz, pessoas em Hong Kong não tinham direitos civis e direitos para participar nos assuntos políticos durante o domínio colonial pelo Reino Unido. Após retomar o exercício da soberania de Hong Kong, o governo da China tem aplicado, baseando-se na Constituição da China e na Lei Básica, os princípios de “Um País, Dois Sistemas”, “Hong Kong administrado pela gente de Hong Kong” e alto grau de autonomia de Hong Kong, garantindo dessa forma os direitos democráticos e a liberdade dos cidadãos locais. Hua disse que os EUA estão propagando sua chamada democracia, liberdade e direitos humanos no mundo inteiro, ignorando, porém, suas existentes questões de democracia, liberdade e direitos humanos no seu próprio território. Os políticos norte-americanos devem prestar mais atenção às questões no seu país, acrescentou Hua.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Diego Goulart

















