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A construção de jardins da China data a tempos remotos e
goza de grande fama na história
da arquitetura mundial. Já na
dinastia Zhou, mais de 3 mil
anos atrás, surgiram na China
jardins reais. Os jardins
faziam parte da concepção
das antigas capitais chinesas
desde tempos remotos.
Os jardins chineses caracterizam-se por seus montes e rios
artificiais e a combinação
das belezas da Natureza,
montes e rios artificiais,
pontes, corredores e árvores
e flores. Os jardins imperiais
e os jardins individuais são
partes da arquitetura de
jardim da China. Divide-se em
três ambientes: imperial,
divindades e natural.
O
ambiente imperial é
representado pelos jardins
imperiais. Exemplo disso é o
Yuanmingyuan em Beijing, que
demonstra em sua concepção o
valor moral e o senso social
sustentado pelo confucionismo
chinês.
O
ambiente de divindades destaca
a integração do conceito estético
romântico com as idéias do
taoísmo que buscam a tranqüilidade
e cultivação mental. Esta
característica se vê nos
jardins imperiais e nos
templos, por exemplo, a ilhota
Pengdao Yaotai no jardim
Yuanmingyuan, o conjunto de
templos budistas na montanha
Qingcheng em Sichuan e o Palácio
Nanyan na montanha Wudang em
Hubei.
O ambiente natural procura realçar os sentimentos do dono do jardim, e vê-se
nos jardins individuais de
intelectuais, por exemplo, o
Jardim do Quiosque Canglang de
Su Shuqin da dinastia Song e o
Jardim Dule de Sima Guang.
A principal diferença entre os jardins chineses e ocidentais reside em
que os segundos mostram o
princípio geométrico e
priorizam si próprios,
enquanto os jardins chineses
buscam integrar as paisagens
com as percepções do próprio
dono, dando maior atenção na
fusão entre a Natureza e o
Homem.
Jardins de Suzhou
Os jardins de Suzhou
foram tombados na Lista dos
Patrimônios Mundiais em 1997
por cristalizarem as características
da arquitetura de jardins
chineses criadas durante mais
de dois mil anos. Existem uns
dez jardins tradicionais em
Suzhou. Os jardins de Suzhou
ocupam em geral as áreas
reduzidas, mas diversificam-se
nos estilos através das
distribuições de pavilhões,
quiosques, plataformas, lagoas,
pontes, montes artificiais
assim como corredores e árvores.
Os jardins mais famosos são o
Jardim do Quiosque Canglang, o
Jardim do Bosque de Leões e o
Jardim da Administração
Humilde e Liuyuan.
(Foto: um jardim de
Suzhou )
Jardim Yuanmingyuan
O jardim Yuanmingyuan em Beijing, o mais famoso jardim imperial da China,
tem uma superfície de 347
hectares. Concentra em si os
jardins de diferentes estilos
de todo o país e combina as
características arquitetônicas
do Ocidente com as
tradicionais. Em 1860, foi
queimado pela aliança das forças
armadas inglesas e francesas e
restam hoje em dias as ruínas
do jardim.
Situado ao sudoeste da cidade de Beijing, o Palácio Yuanmingyuan abrange
ainda o Palácio Changchunyuan
e o Palácio Yichunyuan. É um
dos cinco palácios imperiais
fora da corte, a saber, o Palácio
Jingyi na Colina Perfumada, o
Palácio Jingming no monte
Yuquan, o Palácio Qingyi no
monte Wangshou, o Palácio
Yuanmingyuan e o Palácio
Changchunyuan.
Ele não era apenas o mais famoso jardim imperial na história chinesa,
como ainda gozava de fama na
Europa através de relatos e
cartas enviadas por missionários
europeus ao velho continente,
exercendo assim certas influências
para o desenvolvimento dos
jardins paisagísticos da
Europa no século 18.
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