Palácio Potala
中国国际广播电台
 

O Tibet é misterioso e uma localidade longínqua para muitas pessoas. Uma atmosfera religiosa reina no platô nevado habitado pela etnia tibetana.

O Palácio Potala se situa em Lhasa, capital da Região Autônoma do Tibet da China. Na língua tibetana, a palavra Potala significa o "local onde mora Avilokiteshvara", a Deusa da Misericórdia budista. Na realidade, é onde os Dalai Lamas de todas as gerações realizavam as atividades políticas e religiosas e moravam quando vivos e após a morte.

Originalmente, o Palácio Potala não foi construído como um local sagrado do budismo. No século 7, Songtsen Gampo (619 a 650) unificou todas as tribos no planalto Qinghai-Tibet e estabeleceu o Reino Tubo. Em 641, ele casou-se com a princesa Wencheng da dinastia Tang e decidiu construir um grande palácio como a residência de Wencheng e em memória do importante acontecimento. Infelizmente, o palácio original foi destruído por um incêndio provocado por um raio e pela guerra no século 9, quando o Reino Tubo se desintegrou.

Em 1645, o governo central nomeou oficialmente o 5º Dalai Lama como o líder político e religioso do governo local do Tibet. Este começou a reconstruir o Palácio Potala. Três anos depois, o Potrang Karpo, ou Salão Branco, foi concluído. A construção do Potrang Marpo, ou Salão Vermelho, foi iniciada em 1690 para homenagear o 5º Dalai Lama e hospedar a estupa (stupa) que guardava os seus restos. As obras terminaram quatro anos mais tarde. Depois, o Palácio Potala passou por várias renovações e ampliações.

O Palácio Potala está empoleirado no monte Marpo Ri, de fato, ocupando quase o monte total. Contemplando de longe, toda a construção, de muro da cor vermelha alternada com a branca e de telhado dourado, é grandiosa e esplêndida. Aparentemente, o Palácio é um castelo tibetano com estruturas de pedra e madeira, e tem um telhado típico dos palácios dos Han. As suas decorações interiores e exteriores são do estilo semelhante aos palácios e templos nepaleses.

A estrutura do Palácio Potala é além das imaginações para muitas pessoas. Ele tem 115 metros de altura e aparentemente tem 13 andares, mas de fato, tem justamente 9 andares. O muro tem 8 metros de espessura na base enquanto no topo, se diminui gradualmente para cerca de um metro. O ferro derretido foi injetado em algumas partes do muro o que tornou o muro do palácio invulnerável. A partir de uma vista aérea, você pode ver uma cidade apinhada de baixas residências de monges, casas de cidadãos e ateliês. São notáveis os contrastes entre diferentes partes das construções: os salões são espaçosos enquanto suas janelas são extremamente pequenas; os muros são muito grossos enquanto os corredores são muito estreitos. Parece que tudo está manifestando o poder misterioso da doutrina budista e a solenidade do mundo budista.

O Palácio Potala é composto por duas partes. O Salão Vermelho fica no centro e o Salão Branco se encontra transversalmente na direção leste-oeste. Todo o palácio tem mais de 2 mil cômodos.

O Salão Branco tem sete andares e é onde os Dalai Lamas de todas as gerações moravam e exerciam seu poder político. O maior cômodo é a Sala do Leste no quarto andar, onde os Dalai Lamas se entronizavam e governavam o Tibet. A Sala Solar no andar superior é dividido em cômodos do leste e do oeste, que estão sob o solar todo dia. No inverno, o Dalai Lama costumava morar aqui. A Sala Solar tem quarto de visitas, quarto de descanso e quarto em que o Dalai Lama estudava as sutras budistas. Segundo estipulações antigas, só os monges superiores a quarta categoria podiam entrar no Cômodo Solar do Oeste.

O Salão Vermelho, no centro e topo do Palácio Potala, é composto por uma série de salas onde estão as estupas dos Dalai Lamas e estão venerados diversos budas. Nas oito estupas, a do quinto Dalai Lama fica no centro e é a maior e mais esplêndida. Ela tem 14,85 metros de altura e é decorada com 110 mil taéis de ouro e mais de 10 mil diamantes, pérolas e peças de jade. Outras estupas são decoradas também com ouro, diamantes, pérolas e peças de jade, por isso, são extremamente valiosas.

Na sala mais alta do Salão Vermelho, estão venerados um retrato do imperador Qianlong da dinastia Qing e sua tabuleta memorial, em que se lê nas línguas Han, Manchu, Tibetana e Mongol "Longa vida a nosso imperador". Desde o 7º Dalai Lama, os Dalai Lamas de todas as gerações vieram aqui no dia primeiro de janeiro do calendário tibetano para render seus tributos.

O Palácio Potala é um mundo de afrescos, tankas (pintura tradicional tibetana), estátuas de budas e outras relíquias culturais. Os afrescos coloridos vêem-se em quase todas as salas no Palácio. O seu conteúdo envolve a origem do grupo étnico tibetano, a história das diversas facções budistas, contos budistas, perfil e história sobre os Dalai Lamas, assim como importantes acontecimentos históricos. Por exemplo, a viagem do Dalai Lama a Beijing para render tributos ao imperador e o casamento da princesa Wencheng com Songtsen Gampo.

Por trás do monte há um jardim que faz parte do Palácio Potala e é conhecido como Tanque do Rei-Dragão,. No centro do jardim há um lago em que se encontra uma pequena ilhota. No sopé do monte é um sítio chamado "Neve", onde está instalado o ateliê de impressão de sutras. Em volta do sopé do mote, há muros e fortes em defesa ao Palácio Potala.

Em 1994, o Palácio Potala foi inscrito na Lista do Patrimônio Cultural Mundial. Em novembro de 2000 e dezembro de 2001, o Templo Jokhang e Norbulingka, como itens estendidos, foram inscritos na lista, respectivamente.