中国国际广播电台
Os mais famosos papagaios da
China são feitos em Beijing,
Tianjin e Weifang, sendo
esta última uma pequena
cidade situada na província
de Shandong que adquiriu
fama nacional justamente por
seus papagaios de papel. A
cada ano, realiza-se um
festival internacional de
papagaio de papel em Weifang
que atrai inúmeros
adoradores desses brinquedos
feitos na China, no Japão,
na Austrália, nos Estados
Unidos, na Holanda e em
outros países.
Na história chinesa, abundam os
registros relativos ao papagaio
de papel. Durante o período
histórico Primavera e Outono,
entre os anos 700 e 476 antes do
Cristo, o exército do reino Lu
cercava a capital do reino Song.
Os generais do Lu aproveitaram
papagaios feitos de madeira leve
por Gong Sun para colher
informações militares da cidade
sitiada. Segundo uma lenda, nos
primeiros anos da dinastia Han
do Oeste, cerca de 200 anos
antes de nossa era, o general
Han Xin tentava um golpe de
estado. Ele fez um papagaio de
papel e lançou-o ao céu para
medir a distância entre o seu
quartel e o Palácio Imperial,
para depois cavar um túnel pelo
qual seus homens pudessem entrar
no Palácio e prender o
imperador.
Em certas regiões chinesas, há
um hábito estranho: quando o
papagaio de papel está bem no
alto, ia entre as nuvens, o
empinador corta propositadamente
o fio que o prendia, deixando o
seu brinquedo voar livremente
para longe. Segundo dizem, dessa
forma, as desgraças dele e de
sua família seriam levadas para
longe e só lhes restariam a
felicidade e a boa sorte.
A estação mais conveniente para
empinar papagaios de papel aqui
na China é a Primavera,
sobretudo por volta da Festa
Qing Ming, que significa Luz
Pura na tradução literal e cai
geralmente no dia 5 ou dia 4 de
Abril de cada ano. Desde a
antiguidade, esta data é uma
homenagem aos mortos. Já na
dinastia Song, estipulava-se
este dia como feriado nas
escolas imperiais para que os
alunos pudessem visitar as
tumbas de seus antepassados.
Mas, o hábito limitava-se aos
hans, nacionalidade majoritária
da China.
Em nossos tempos, os
chineses comemoram esta data
não só para homenagear os
seus próprios ancestrais,
mas também às figuras
históricas que haviam dado
contribuições e aos mártires
que se sacrificaram no campo
de batalha para defender o
país dos agressores
estrangeiros ou para fundar
a República Popular.
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