Aproximadamente há quatro mil anos, durante a evolução da nação chinesa, apareceram vários homens de grande destaque. Como por exemplo, Yao, Xun e Yu.

Yao era descendente do Imperador Amarelo, o primeiro antepassado dos chineses e bem respeitado por sua inteligência e caridade. Aos 16 anos de idade, Yao foi eleito como líder da tribo. Segundo registros históricos, Yao fundou seu país em Pingyang, como capital (atual cidade de Linfen, na Província de Shanxi ao norte da China). Até hoje pode-se encontrar nesta cidade o Templo de Yao, que foi construído durante a Dinastia Jun (265 a.C. - 420 d. C) e o Túmulo de Yao construído na Dinastia Tang (618 d.C. - 907 d.C.) .

Depois de assumir o poder, Yao promoveu os especialistas da própria etnia, estreitando a unidade étnica; incentivava os administradores e castigava os maus funcionários, mantendo a administração do país em ordem, e ao mesmo tempo, coordenando as relações com outras etnias e aconselhando as populações a conviverem harmoniosamente, a fim de criar uma sociedade transparente e segura.

Na época de Yao foi criado um calendário, facilitando o povo a desenvolver suas atividades relacionadas à agricultura. Os historiadores chineses consideram que a época do imperador Yao foi um período de grande progresso da agricultura.

Naquele momento, as diversas inundações causavam grandes prejuízos ao povo. Muito preocupado, o imperador Yao consultou os soberanos a fim de encontrar meios de combater as enchentes. Posteriormente o imperador Yao nomeou um homem chamado Gun encarregado de combater as inundações. 

Segundo livros antigos, Yao administrava bem o país, praticava artes marciais e dirigia pessoalmente o seu exército para combater tribos e etnias no Sul do país. De maneira lendária, Yao ordenou o homem chamado de Huo Yi para matar animais ferozes e derrubar nove dos 10 sois que queimavam a Terra. O povo considerava o imperador Yao como o filho do céu.

Yao permaneceu no trono durante 70 anos e sentiu a necessidade de escolher um sucessor.  Pediu para apresentar um candidato, e estes propuseram um homem chamado Xun que era muito fiel aos antepassados e tratava muito bem as relações entre os membros da família, aconselhando que não cometessem erros a fim de se corrigirem. O imperador Yao decidiu testar a capacidade de Xun. 

Yao decidiu casar-se suas duas filhas Ehuang e Nuying com Xun, a fim de saber por intermédio das filhas, a qualidade pessoal do candidato. Xun e suas duas esposas viviam à beira do Rio Wei e tratavam todos assuntos conforme os rituais tradicionais.

Yao designou Xun como responsável para educar o povo e regulamentar suas atividades conforme cinco critérios – obrigação dos país, caridade para com a mãe, amizade do irmão mais velho, modéstia com o irmão mais novo e fidelidade dos filhos. As populações obedeciam às instruções de Xun. Posteriormente, o imperador nomeou Xun como responsável pela supervisão do contingente de funcionários e para a administração de diferentes assuntos. Xun foi designado então, responsável pela cortesia na recepção dos soberanos em quatro portões da cidade. Finalmente, o imperador ordenou que Xun vivesse sozinho nas selvas para ser preparado e testado pela natureza.

Após três anos de investigações, o imperador decidiu ceder o seu cargo à Xun.

Assim que começou a administrar o país, o imperador Xun prestava muita atenção ao desenvolvimento da agricultura através da construção de canais e da abertura de poços. Além disso, descobria e promovia os especialistas. Na época de Xun, a nação experimentou um grande salto na tecnologia agrícola e industrial. O imperador Xun compartilhava as mesmas alegrias e sofrimentos do seu povo, dando um bom exemplo para as populações. O povo vivia muito bem e podia contar com comidas variadas e roupas, pois não precisavam prestar exaustivos serviços obrigatórios, além de poderem comentar assuntos estatais e até criticarem as autoridades. O período da administração de Xun, foi uma época brilhante na história chinesa, quando o povo conhecida os ritos e cortesias tradicionais, os chineses possuíam estabilidade política, podiam comprar bens e desenvolviam a política, produção, cultura e arte. Quando estava em idade avançada, Xun cedeu seu cargo à Yu que já obtivera inúmeras façanhas no combate às inundações.

O imperador Xun morreu aos 110 anos de idade e foi sepultado na montanha Jiuyi, a 60 quilômetros ao sul do atual distrito de Ningyuan na Província de Hubei, região central da China. 

Os imperadores Yao e Xun são elogiados e respeitados pelos chineses de todas as gerações, seja pela grande consideração para com os especialistas e intelectuais ou pela grande moralidade demonstrada durante seus governos.