中国国际广播电台
Segundo um mito chinês, uma
rã, que morava num poço
abandonado, só podia
movimentar-se no
limitadíssimo espaço que era
o fundo do poco, e
consequentemente, o que via
não passava de um pequeno
pedaço do céu. Nada conhecia
lá fora, e nada sabia sobre
a existêcia de um imenso
mundo.
Certa vez, uma tartaruga do mar
apareceu à beira do poco, e a
rã, l´~a do fundo, aperssou-se a
vangloriar-se:
-- Vê, amiga tartaruga, que
linda e confortável residência é
a minha! Aqui, eu salto
livremente e descanso num buraco
da parede do poço quando me
apetece. Se quero nadar, a água
cobre-me as pernas e chega-me ao
queixo. Passeios? Passear aqui
nesta terra pantanosa é uma
verdadeira delícia! Garanto que
tu, minha amiga tartaruga, nunca
tiveste uma vida tão feliz como
esta! Vem, vem ver o meu
paraíso!
Levada pela curiosidade, a
tartaruga do mar deu um passo em
frente e, mal viu o “paraíso” da
rã, recuou, dizendo:
-- Sabes uma coisa, minha amiga
rã? O mar é tão imenso que tem
milhares e milhares de quil^metros
de extensão, e milhares e
milhares de braças de
profundidade... Dez anos de
inundações consecutivas não
conseguiriam aumentar nem um
centímetro o nível das suas
águas, e dez anos consecutivos
de seca não lograriam baixá-lo.
Ali sim, é vida!
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