Li Yu nasceu em 1610 na dinastia Ming da China e morreu em 1680 vivendo um período de substituição de regimes e de grandes agitações.

Desde criança, Li Yu recebeu as instruções confucianas e desejava seguir um caminho tradicional que os intelectuais chineses costumavam seguir: acessar ao cargo de funcionário estatal através dos exames imperiais. Ele, no entanto, foi reprovado várias vezes nos exames e desistiu. Abriu uma livraria, vivia de imprimir livros e dedicava-se à criação literária.

O maior sucesso de Li Yu residia na criação de teatros e nos estudos teóricos sobre o teatro. Existem atualmente dez obras dramaturgas produzidas por Li Yu e o seu conteúdo concentra-se principalmente nas histórias de amor. Nelas, Li Yu criticava o sistema matrimonial feudal em que os pais decidiam o casamento dos filhos e buscavam uma posição social igual entre os namorados. Suas peças eram aplaudidas e algumas foram introduzidas para o Japão e os países do Sudeste Asiático e continuam sendo representadas nas óperas tradicionais.

Além de produzir grande quantidade de peças teatrais, organizou seu próprio conjunto de representação, bem como atuava e dirigia. Na antigüidade chinesa, os atores eram considerados como uma profissão da baixa camada social e os intelectuais não apeteciam a atuar como ator. Mas, Li Yu adorava a arte e dirigiu seu conjunto para fazer turnê durante mais de 20 anos.

Com as práticas durante longo tempo, Li Yu acumulou ricas experiências na criação literária e tornou-se um dos mestres literários da China.