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Qu
Yuan (475
a 221 a. C) foi um grande
patriota e poeta na história da
China. Com seu profundo amor
pela pátria e pelo povo, Qu Yuan
exerceu e continua exercendo
influência para a literatura e
no espírito dos chineses.
Com pouco mais de 20 anos, o
jovem Qu Yuan deixou sua terra
natal. Atravessando as Três
Gargantas, ele apreciou as
magníficas paisagens às margens
do Yangtsê e, disposto a servir
à pátria, chegou a Yingdu,
capital do reino Chu, hoje a
sede do distrito de Jiangling,
província do Hubei. Com seus
ricos conhecimentos, assim que
chegou, Qu Yuan começou a
trabalhar junto ao rei, como
vice-primeiro-ministro do Reino.
Na Corte, Qu Yuan discutia com o
Rei os assuntos de importância
nacional, preparava leis e
decretos, recebia autoridades e
visitantes, projetando-se por
suas façanhas políticas.
Como vice-primeiro-ministro, Qu
Yuan não se deixou envolver pelo
luxo da vida palaciana. Ele
pronunciava-se pela adoção de
reformas políticas por um regime
baseado em leis e por uma
aliança com o reino Qi, a fim de
resistir às agressões do
vizinho, reino Qin. Tinha em
mente fazer prosperar seu país e
unificar os estados vizinhos em
torno do reino Chu.
Regido por um soberano tolo, o
reino Chu passava por uma crise.
Acatando intrigas contra Qu
Yuan, o rei não dava importância
às suas propostas. Em
consequência, o reino Chu passou
a enfrentar dificuldades
internas e revezes externos,
sofrendo constantes derrotas na
prolongada guerra que travava
contra o reino Qin.
Devido às perseguições de que
era alvo por parte da
aristocracia decadente, Qu Yuan,
homem firme e puro, partiu
várias vezes exilado.
Não podendo mais servir seu
país, Qu Yuan exprimia sua dor e
sua revolta em poemas
imortalizados. No célebre “A dor
da separação”, ele exprime seu
amor à pátria, descrevendo as
estranhas e belas coisas do
mundo e as lendas.
Durante longo isolamento em sua
própria terra, Qu Yuan provou
toda sorte de sofrimentos.
Porém, a imensa e bela natureza
despertava sua inspiração
poética. No inesquecível
“Questionando o céu”, ele
formulou mais de 170
interrogações pondo em dúvida
fenômenos naturais e lendas e
buscando a verdadeira fonte de
tudo, expressando sua
indignação.
Em 278 a. C, a capital do reino
Chu foi ocupada. Ao saber a
notícia, Qu Yuan não suportou a
tristeza da subjugação,
atirou-se nas águas do rio e
morreu.
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