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Nasceu
em 701. Não se sabe onde ele
nasceu e seus ancestrais devem
ser da província de Gansu.
Gabou-se, na sua própria obra,
de ser descendente do general Li
Guang, vencedor dos Hunos na
época do imperador Wudi da
dinastia Han.
Li Bai era um homem de forte
personalidade e gozava da
reputação de improvisar versos
sobre qualquer assunto,
sobretudo se estava alegre
devido ao apreciado vinho de
arroz. Recusou-se a seguir a via
normal dos mandarins e optou por
uma vida de boémio e de
vagabundagem. Por volta dos
quarenta anos de idade foi
apresentado ao imperador
Xuanzong da dinastia Tang, que
apreciou o talento do genial
poeta e, desde então, conseguiu
conquistar os favores desse
imperador, tornando-se membro da
Academia Imperial em Chang´an.
De vez em quando compartilhava
as refeições do imperador. Até a
mais favorita das concubinas,
Yang Guifei, molhava a pedra de
tinta para os anotar, quando o
poeta improvisava versos.
Um dia, ébrio, subiu à cama
imperial e pediu a Gao Lishi,
eunuco muito influente do
palácio imperial, que lhe
descalçasse os sapatos. O eunuco
obedeceu, uma vez que o
imperador estava presente, mas
guardou-lhe um rancor mortal. A
partir de então, passou a
difamar Li Bai perante Yang
Guifei. Esta, por seu turno,
também não estava contente com o
poeta, devido ao seu
comportamento. Implicado durante
a revolta de An Lushan, foi
condenado ao desterro.
Segundo a lenda, Li Bai
afogou-se num rio, numa noite em
que estava embriagado, ao tentar
apanhar o reflexo da lua.
Li Bai, poeta de inspiração
irrequieta, escreveu com grande
facilidade versos intensos e
fluentes. A sua poesia atinge os
extremos do refinamento,
graciosidade e grandeza. Os
temas são, em geral, clássicos,
mas os favoritos estendem-se
desde a lua e o vinho até à
graça feminina, ao amor, à
guerra, à fuga do tempo, à
beleza da Natureza, temas que
tratou com veia, originalidade e
maravilhosa mestria.
Escreveu mais de 9 mil poemas e
umas 60 prosas. Foi um dos
maiores poetas da China.
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