As Grutas Mogao
中国国际广播电台
 

 

     As Grutas Mogao de Dunhuang concentram o maior e mais completo acervo mundial sobre o budismo. Por que tais grutas, tombadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, teriam sido escavadas nas encostas de uma região tão remota no Noroeste da China?

Segundo registros históricos, o monge Le Zun chegou até ao sopé da Montanha Sanwei em 366 a.C. Como não encontrou um lugar adequado para pernoitar, descobriu, de repente, um conjunto de luzes similares ao Buda. Ele qualificou o local como sagrado e pediu às pessoas que escavassem e construíssem grutas. Até a Dinastia Tang, já haviam sido construídas mais de mil grutas.  

A construção destas Grutas não foi casual. Ela cristalizou a civilização chinesa. A opção pela região remota evidencia a filosofia budista de separar a vida humana do encontro com a natureza. As grutas voltam-se para o rio, compondo uma linda e serena paisagem. As grutas enfileiradas em forma de nichos de abelhas, porém, a altura não supera 40 metros. Com sua boa localização, elas não foram atingidas pelas tempestades de areia que passam em cima do monte.

As grutas Mogao resistiram às vicissitudes naturais e humanas por mais de mil anos e se encontram bem preservadas. Elas abrigam o maior "acervo da arte budista existente no mundo", ou seja, cerca de 45 mil metros quadrados de afrescos e mais de 2.400 estátuas coloridas em 492 grutas escavadas e trabalhadas durante 11 Dinastias.