A
medicina e a farmácia tradicionais chinesas são
importante parte da brilhante cultura chinesa. Durante milênios,
a ciência médica tradicional fez enormes contribuições
à prosperidade da nação. Com seu evidente
efeito curativo, grande caráter nacional, terapêuticas
especiais, sistema teórico completo e numerosos documentos
e dados históricos, permaneceu ao lado das ciências
médicas do mundo e chegou a ser grandioso tesouro
que chama a atenção de todos. A medicina e
a farmácia tradicionais chinesas, de história
muito longa, que nunca se enfraquece, com sua poderosa vitalidade
e a combinação com a medicina ocidental, constituem
uma característica de superioridade do trabalho médico
e da saúde da China.
A
origem da medicina e farmácia tradicionais chinesas,
como a ciência médica tradicional, está
na sociedade primitiva. Ao lutar contra a natureza, nossos
antepassados criaram a medicina primitiva. Em busca de alimentos,
descobriram que certas comidas podem aliviar ou dissipar
alguns sintomas de doenças. Esta é a origem
da farmácia chinesa. Ao esquentar a fogo, conheceram
as pedras e terras arenosas quentes que, envoltas em pele
de animal e casca de árvores, podem acalmar a dor
em algumas partes do corpo. Através de aplicações
e melhoras repetidas, criaram gradualmente métodos
de prancha quente e moxibustão. Ao tomar pedras como
instrumentos de trabalho, descobriram que, ao picar uma
parte do corpo, se dissipava a dor de outra. Desse modo,
que criaram a terapia com agulhas de osso e pedra. Mais
tarde, desenvolveram gradualmente a terapêutica da
acupuntura, formando a doutrina de canais principais, colaterais
e pontos de acupuntura.
A teoria básica da ciência médica chinesa
consiste principalmente nos conhecimentos a respeito das
entranhas, dos canais principais e colaterais e do qi
, o sangue, a essência corporal e a causa das doenças
e patologias. Seu método de diagnóstico inclui
principalmente os quatro diagnósticos e a diferença
dos síndromas: a observação da expressão
facial do doente, a audição da voz, a indagação
dos sintomas e o caso concreto de tomar o pulso; se estabelece
o diagnóstico de acordo com os documentos de aplicação
clínica em sintomas e estado físico, colhidos
pelos quatro diagnósticos e através da distinção,
a análise dos síndromas. Com os métodos
da medicina tradicional se curam as doenças tomando
principalmente remédios e também se usam terapias
como a acupuntura, a moxibustão, as massagens, o
qigong, etc.
Faz
mais de 2 mil anos que apareceu o "Cânon da medicina
interna do Imperador Amarelo", a obra mais antiga e
famosa teoria da medicina chinesa, que assentou a base teórica
para o desenvolvimento da medicina chinesa. Depois, se apresentaram
famosas obras médicas clássicas: "Cânon
acerca de doenças complicadas", "Acerca
das doenças diversas e a febre tifóide",
"Acerca da patologia de distintas doenças",
etc. O "Código de matérias medicinais
do Agricultor Divino" é a obra mais famosa e
antiga da farmácia. O "Matérias medicinais
da dinastia Tang" é a primeira obra farmacológica,
publicada pelo Governo na época antiga, e também
a mais antiga do Estado no mundo. A obra "Compêndio
de matérias medicinais", escrita por Li Shizhen,
da dinastia Ming, faz referência a 1.892 tipos de
remédios e mais de 10 mil receitas,
Logo
após a fundação da República
Popular da China, o Governo apoiou consideravelmente a medicina
e a farmácia tradicionais chinesas. Em 1986, fundou
a Administração Nacional da Medicina Tradicional
Chinesa. Depois de dois anos, sobre a base desta estabeleceu
a Administração Nacional da Medicina e Farmácia
Tradicionais Chinesas. Ademais, elaborou uma série
de estratégias de desenvolvimento, orientações,
políticas e regulamentos a este respeito, para prestar
garantias de organização na combinação
da medicina chinesa com a farmácia chinesa e na realização
de uma administração unificada. O ensino da
ciência médica e da farmácia chinesa
surgiu do nada e vai se ampliando e robustecendo. Estabeleceu-se
sucessivamente a educação secundária
e a superior especializadas, a educação regular,
ensino por correspondência e o noturno, o sistema
de exames dos autodidatas, etc., preparando-se grande número
de profissionais. A indústria da farmácia
tradicional chinesa formou inicialmente o sistema completo
com variados produtos e avançadas técnicas.
A medicina chinesa e a ocidental se impulsam mutuamente
no desenvolvimento e cooperam na pesquisa científica.
Esta é uma inovação da China. Agora,
no país coexistem a medicina chinesa, a medicina
ocidental e a medicina combinada. Os três ramos da
medicina aprendem entre si e se desenvolvem juntos. O sistema
teórico da medicina chinesa tem profundas conotações.
Com as ciências e tecnologias avançadas e os
métodos modernos, os doutores chineses que se dedicam
à combinação das medicinas chinesa
e ocidental, realizaram muitas pesquisas sobre a teoria
básica e os fundamentos teóricos das terapêuticas.
Por exemplo, aportaram definições científicas
sobre as entranhas, sintomas de equimoses e princípios
de acupuntura. A China chegou ao nível mais avançado
do mundo nos cinco projetos médicos. Destes, com
exceção da implantação de membros
amputados e as queimaduras, das fraturas, das enfermidades
abdominais agudas e a anestesia com acupuntura são
resultados da combinação da medicina chinesa
com a medicina ocidental.
Nos
últimos anos a ciência médica chinesa
obteve grandes êxitos no tratamento das doenças
cardiovasculares, das doenças imunológicas,
dos tumores e das fraturas. Também conseguiu novos
progressos no aprofundamento e arranjo da terapia tradicional
popular, na plantação, elaboração
e produção de materiais medicinais e a reforma
de variedades, elevando efeitos da medicina e da farmácia
chinesas para prevenir e curar doenças, ampliando
a cobertura de seus serviços. No tratamento das enfermidades
abdominais agudas, com a ciência médica tradicional,
aportou novo método para curar sem operação
cirúrgica. Os tratamentos com acupuntura, moxibustão
e a singular anestesia com acupuntura divulgaram-se em 120
países e regiões. Em 1987, fundou-se em Beijing
a Associação Mundial de Acupuntura e Moxibustão
com mais de 50 mil membros de cerca de 100 países.
Esta é a primeira organização acadêmica
internacional cujo escritório central está
na China e seu presidente é chinês. Em 1989
convocou-se em Beijing a Conferência Internacional
Médica de Qigong com representantes de 29 países
e regiões. Em 1991 a China organizou a Conferência
Internacional de Ciência Médica Tradicional,
na qual dezenas de países planejaram em conjunto
a "Declaração de Beijing". Atualmente,
a China mantém relações cooperativas
de tratamento, pesquisa científica e intercâmbio
acadêmico com mais de 100 países.
Nos
últimos anos, graças ao surgimento do tratamento
de remédio natural e sem remédio, os diversos
países tiveram grande mudança com o conhecimento
da medicina e a farmácia tradicionais chinesas. Por
isso, vêm aumentando os projetos cooperativos a respeito
com o exterior. O Japão, os Estado Unidos e a Alemanha
estabeleceram relações de cooperação
com a China. A Organização Mundial da Saúde
fundou no país sete centros cooperativos da medicina
tradicional chinesa. Entre os estudantes estrangeiros de
ciências naturais na China, a maior parte é
de medicina tradicional e farmácia chinesa. Um convênio
cooperativo para fundar escola entre a Universidade de Medicina
Chinesa de Beijing e uma Universidade Nacional da Inglaterra,
constitui um exemplo sem precedentes às universidades
regulares da Inglaterra e Europa, que estabeleceram o ensino
da ciência médica tradicional. O Japão
e a República da Coréia fundaram escolas de
medicina chinesa; A França e os Estados Unidos, a
Itália, a Austrália e outros países
estabeleceram institutos de medicina chinesa ou acupuntura
e moxibustão; a Universidade de Munique da Alemanha
fundou o Instituto de Pesquisa sobre a teoria da medicina
e farmácia tradicional chinesa.
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