A
Guerra do Ópio, em 1840, constituiu um ponto de mudança
para a história chinesa. Como a corte Qing era corrupta
e incapaz, buscou algumas vezes a reconciliação
com os agressores estrangeiros e terminou firmando com o
Governo inglês o "Tratado de Nanjing", o
qual humilhou a nação e fez perder sua soberania.
Desde esse momento, a China caminhou na direção
de uma sociedade semi-colonial e semi-feudal.
Depois
da Guerra do Ópio, a Inglaterra, os Estados Unidos,
a França, a Rússia, o Japão e outros
países obrigaram o governo Qing a firmar tratados
injustos, se apoderaram pela força de "concessões"
e delimitaram "esferas de influência", realizando
uma frenética repartição da China entre
si. O povo chinês, para se opor à opressão
feudal e à agressão externa, desencadeou lutas
heróicas nas quais se revelaram numerosos heróis
nacionais. Em 1851, Hong Xiuquan dirigiu a Revolução
do Reino Celestial Taiping, o maior movimento revolucionário
camponês na história da China. Em 1911, Sun
Yatsen dirigiu uma revolução democrática
burguesa que derrotou a dominação da dinastia
Qing. Com isto, se acabou a monarquia, que havia durado
mais de dois mil anos e se estabeleceu o Governo Provisório
da República da China. A Revolução
de 1911 foi um acontecimento de grande significado na história
moderna do país. Entretanto, devido à conciliação
e debilidade da burguesia, os resultados desta vitória
foram aproveitados por Yuan Shikai, chefe dos caudilhos
militares do Norte. O povo chinês continuava vivendo
com grandes sofrimentos.
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