
As zonas interiores do noroeste da China são a Província
de Gansu, a Região Autônoma da Mongólia Interior, a Região
Autônoma da Nacionalidade Hui e a Região Autônoma da
Nacionalidade Uigur de Xinjiang. A média da precipitação
pluvial aponta uma média de 200 milímetros anuais na linha
equacional. Ao oeste desta linha há zonas secas, ou
seja, região interior do noroeste da China.
Secas
, menos vegetações, vasto território e baixa concentração
demográfica são as principais características das zonas
que formam o interior do noroeste. Mas, os imensos desertos
de Gobi, as vastas pradarias onde se espalham rebanhos de
gados, fortes hábitos e costumes étnicos agradam aos
turistas. A região do noroeste é o lar das etnias
pecuaristas da China, que possuem uma longa história.
Possuindo ainda abundantes recursos naturais, o noroeste é
um tesouro de recursos chineses, tendo um grande potencial
para seu desenvolvimento.
◆
Panorama
do grande deserto
A
área total dos desertos chineses é de um milhão e 280 mil
quilômetros quadrados incluindo mais de 500 mil quilômetros
quadrados do deserto de Gobi. Toda a área dos desertos
representa 13% da superfície total terrestre nacional. A área
dos desertos em regiões secas no noroeste ocupa de 70 a 80%
do total nacional. Os principais são o deserto de
Taklimakan, o deserto de Gurbantunggut situados em Xinjiang,
os desertos de Badin Jaran e de Tenger da Mongólia Interior
e o deserto de Kumtage, localizado entre a Região Autônoma
da Nacionalidade Uigur de Xinjiang e a Província de Gansu.
Taklimakan
é o maior deserto do país, e também é um dos maiores
desertos do mundo. Situado na bacia de Tarim, sul de
Xinjiang, a área do deserto de Taklimakan atinge cerca de
337 mil quilômetros quadrados, ocupando a metade da superfície
total dos desertos nacionais. É o deserto mais seco da
China, sua precipitação pluvial anual não chega a 50 milímetros.
Além de uma cordilheira de montanhas baixas no oeste, quase
todas as suas colinas são cobertas de areia. Sua topografia
é diversificada, formando áreas que se parecem com
meia-lua, pirâmides, leivas e ondas do mar. As condições
naturais dos desertos são muito duras, quase não se
encontra nenhuma planta ou animais em movimento. No verão,
faz muito calor. No inverno e na primavera há grandes
tempestades de areia. “Taklimakan” significa que
“ninguém sairá vivo do deserto”, segundo o idioma
uigur.
O
deserto de Gurbantunggut situa-se na bacia de Junggar, norte
de Xinjiang. Sua área ocupa o segundo lugar do País. Suas
condições naturais são um pouco melhor que as do deserto
de Taklimakan pois há grande dimensão de arbustos no
deserto de Gurbantunggut.
A
área dos desertos do Leste chinês não é grande, mas com
boas condições naturais. Por exemplo, o deserto de Mu Us e
o deserto de Tenger localizados na Mongólia Interior têm
anualmente certa precipitação pluvial, favorecendo plantas
resistentes à seca e arbustos. Em alguns lugares há fontes
de água, recurso indispensável para os pastores.
Os
desertos soterraram antigas cidades. No início do século
passado, o sueco Sven Anders Hedin(1865-1952) afirmou que os
principais objetivos de muitas expedições em Takliamakan
eram buscar as antigas cidades soterradas pela areia
amarelada e os seus preciosos objetos culturais. Graças ao
clima seco nos desertos, acervos culturais das antigas
cidades tais como as varetas de bambu usadas para escrever,
folhas de papel, utensílios pessoais, bem como cemitérios
estão bem preservados. Tais e preciosos materiais são de
grande importância para conhecer a produção e a vida dos
habitantes de então e estudar as mudanças do meio-ambiente
em diversos períodos históricos.
O
mais interessante é o lago de Luobu e a antiga cidade
vizinha de Loulan, situados na margem oriental do deserto de
Taklimakan. Um expedicionário russo havia encontrado, ali,
um grande lago de água doce. Porém, poupo tempo depois,
quando outros trabalhadores dessa área chegavam aí, esse
grande lago desapareceu, pois, esse também é chamado o
“lago móvel”. A antiga cidade de Loulan possui antigos
registros na história chinesa. Mas, no século 11, tal
cidade desapareceu subitamente. Além de despertar grande
interesse dos eruditos chineses, isto também chama atenção
dos cientistas estrangeiros.
Nos
anos 50, os cientistas chineses descobriram em Karamay,
situada na orla do deserto de Gurbantunggut, grande
quantidade de petróleo. Posteriormente, descobriram no
deserto de Taklimakan um campo de petróleo com reserva de
mais de 10 bilhões de toneladas de ouro negro. Trata-se de
uma importante fonte de petróleo da China para século 21.
A prospecção e a exploração do petróleo no deserto de
Taklimakan estão acelerados. Uma rodovia também foi
construída.
A
desertificação chinesa tem graves conseqüências. Na história,
muitos campos agrícolas, cidades e vilas situados nas
beiras de desertos foram enterrados pela areia. Além de
Loulan, a cidade de Tongwan, antiga capital da Dinastia Xia
do Oeste no Planalto de Eerduos também desapareceu.
Antigamente, nas proximidades desta cidade havia uma
pradaria fértil. Mas na dinastia Song, há mais de 1000
anos, transformou-se num deserto.
A
desertificação causa muitos problemas ao desenvolvimento
do Estado e à vida dos habitantes locais. Ferrovias e
rodovias recém-construídas foram interrompidas por areia
enquanto as terras cultiváveis deixam de produzir. Para
prevenir a desertificação, cientistas fizeram numerosas
investigações e pesquisas nos desertos, construindo
centros de pesquisa científica. Por exemplo, a fim de
resolver as calamidades arenosas na linha férrea Baotou—Lanzhou,
cientistas faziam suas pesquisas por intermédio da fixação
da areia durante um longo período em Shapotou, situada na
margem do Rio Amarelo em Ningxia, construindo um sistema
sintético de prevenção e fixação de areia, a fim de
garantir o transporte sem obstáculos por essa ferrovia. Os
excelentes resultados obtidos pelos cientistas chineses nas
pesquisas foram elogiados tanto pelos setores científicos
chineses como pelos estrangeiros.
◆
Hábitos
e costumes das pradarias
No
noroeste da China existem não apenas grandes desertos, mas
também vastas pradarias no total de 300 milhões de
hectares. A área da pradaria da Mongólia Interior
representa 1/3 da total do país com boa qualidade de
pastagens. Sua pecuária é desenvolvida, sendo principal
base produtora de produtos pecuários do país.
Ao
oeste e ao sul da encosta ocidental da cordilheira Daxinan,
da cordilheira de Yinshan e do trecho da Grande muralha no
norte da província de Shaanxi para o norte até a fronteira
sino-mongol, além de encontrar algumas montanhas não altas,
a maioria dessa região é de colinas onduladas e a planície.
Quando olhar para baixo do avião, a vasta pradaria parece
um mar verde ondulado onde se espalham rebanhos de gados. Há
poema folclórico com mais de 1400 anos, cujos versos dizem:
“La em cima, o céu cobre a montanha e o vale, em baixo,
os gados se divertem ao sopro de brisas em pastagens”. Eis
o verdadeiro retrato da grande pradaria da Mongólia
Interior.
A
pradaria de Hulun Bair e a pradaria de Xilin Gol,
localizadas na grande pradaria da Mongólia Interior têm
melhores pastagens e ricos recursos aquáticos. Aqui é a
terra natal dos cavalos mongóis. Eles são fortes e
robustos e capazes de galopar na pradaria à longa distância.
Através de treinamento, esses cavalos podem ser usados no
campo de batalha. A outra espécie de cavalos, Sanhe,
vermelho escuro, resultado do cruzamento entre espécies de
cavalos mongóis é mais alta e elegante. Esses dois tipos
de cavalos são criados nas pradarias de Hulum Bair e Xilin
Gol.
Os
carneiros mongóis também são encontrados nas pradarias da
Mongólia Interior. Sua lã e sua carne são totalmente
aproveitadas. A criação mais destacada é a dos Wuzhumuxin.
A produção de sua lã é alta enquanto a carne é fina e
saborosa. É uma carne especialmente selecionada para o
prato “carne a vapor”, típico de Beijing. O couro dos
carneiros Tan e de Sanbei são importantes produtos
procurados pelos consumidores estransgeiros. A pradaria de
Alxa situa-se no extremo oeste do planalto da Mongólia
Interior. Seu clima é mais seco, suas condições naturais
são ainda mais duras onde crescem poucos arbustos em geral
com espinhos. Camelos que se adaptam a este ambiente
constituem a principal manada local. Eles são principais
meios de transporte dos habitantes da pradaria de Alxa.
Os
mongóis são os principais habitantes das pradarias da Mongólia
Interior. Na China há 3 milhões e 400 mil mongóis, dos
quais, mais de metade moram na Mongólia Interior.
Os
mongóis são uma das minorias nacionais relativamente
antigas do país. Seu estilo valente e arrojado é famoso na
história mundial. Entre o final do século 12 e o início
do século 13, Temudjin, nascido numa família nobre mongol,
venceu (entre 1162 e 1227) todas as tribos de outras
pradarias, construindo um unificado Khanato Mongol. Ele foi
conhecido como “Gegis Khan” . Posteriormente, o Khanato
Mongol eliminou a dinastia Jin e a dinastia Song do sul,
fundando o império mongol na China – a Dinastia Yuan (entre
1206 e 1308), cuja capital foi designada em Beijing.
A
etnia mongol é uma minoria nacional com uma longa história
e uma cultura brilhante. Da antiguidade para cá há muitos
famosos cientistas e eruditos que escreveram muitas obras
transmitidas de geração em geração. A “ História
Secreta Mongol” foi publica nos meados do século 13,
sendo uma obra representativa que registra a história da
etnia mongol. A medicina mongol possui suas próprias
características dos pastores nómades do norte. A terapêutica
por alimentação e a de ferida e engessadura são famosas,
ocupando uma importante posição na medicina chinesa. Os
mongois são capazes de cantar e dançar.
Mongois
têm seus próprios hábitos e costumes extraordinários.
Tenda mongol é uma casa redonda construída com couro. Em
geral, seu diâmetro é de 4 metros e sua altura é de 2
metros. Sendo feita de grades de madeira, a estrutura da
Iurta é embrulhada com couro branco. Em seu teto foi aberta
uma clarabóia, visando a ventilação e iluminação
natural. No centro terrestre da Iurta há um fogão para
cozinhar, ferver a água e aquecer-se. Como pastores vivendo
dependendo a pastagens e de maneira nómade, por isso a
montagem da Iurta mongol é fácil.
A
festa tradicional da etnia mongol mais solene é o festival
Nadam realizado em julho ou agosto a c ada ano. No dialeto
mongol “Nadam” significa o “divertimento” ou “jogos”.
Neste evento, usando trajes folclóricos, levando velhos e
crianças, pegando Iurtas e comidas, os pastores mongois
participam do Nadam até com uma viagem de cerca de cem quilômetros
de distância. Nesses dias, a pradaria é bem movimentada.
As lutas entre fortes mongois atraem todo o público local.
Além disso, a corrida de cavalos também é a outra
modalidade de competição aplaudida pelos mongois.
A
Mongolia Interior é a primeira região autónoma étnica
estabelecida pela China. Após a proclamação da República
Popular da China, a vida dos mongois tem melhorado muito. O
modo de vida deles foi transformado de vida nómade para
fixa. O Estado tem destinado verbas para ajudar pastores a
melhorar pastagens e bons filhotes dos gados e elevar a
produção dos produtos pecuários. Huhhot, capital da
Mongolia Interior situada ao sópe da montanha Yin já se
tornou uma nova cidade da pradaria bem próspera com muitos
prédios altos através de vários anos de construção.
◆
Agricultura
de oásis
Devido
à estiagem anual, as regiões do noroeste chinês têm um
clima seco, espalhando-se pelo deserto de Gobi, que ocupa
uma grande superfície, mas não são todas as regiões que
são ermas. A natureza deu ao noroeste várias cordilheiras
altas e grandes, por exemplo, Cordilheira Qilianshan, no
território provincial de Gan Su, Cordilheira Tianshan,
Kunlun, A´ertai, na Região Autônoma da Nacionalidade
Uigur de Xinjiang. A altura acima do nível do mar das
cordilheiras atinge, em média, dois mil metros. As
montanhas são as barreiras naturais que separam as
correntes úmidas das grandes alturas. Por isso, quase todas
as montanhas no noroeste têm ricas chuvas, enquanto em algumas
zonas montanhosas, a precipitação atinge entre 500 e 600
mm, equivalente ao nível do norte do País. Suas condições
climáticas, tais como, a temperatura baixa, a baixa evaporação
e a alta umidade do ar, são as responsáveis pela existência
dos bosques e ervas. Por isso, as zonas montanhosas possuem
florestas e pastagens frondosas. A tempetade de chuva nas
montanhas surge freqüentemente com a de neve. A neve,
acumulada durante centenas de anos, amontoa-se no pico das
montanhas, formando geleiras gigantescas. Ao longo do vale,
as geleiras movem-se devagar, formando os rios que passam
como correntes contínuas quando chegam ao sope da
cordilheira. Após sua saída das montanhas, no sopé da
montanha e na beira do deserto, os rios deixam às suas
margens uma faixa de oásis com centenas de quilômetros que
se estende sem interrupção. São mais conhecidos como
faixa de oásis, no norte do sopé da Cordilheira Qilianshan,
as duas faixas de oásis norte e sul da Cordilheira Tianshan,
bem como, a faixa de oásis, no sul do sopé da Cordilheira
Kunlun. Apesar de enfrentarem adversas condições naturais,
nestas zonas a densidade demográfica é grande, ao mesmo
tempo já tem formado redes de rodovias.
Os
habitantes de todas as nacionalidades que moram nos oásis,
geração por geração, desenvolvem a horticultura com
caraterísticas regionais, adotando medidas apropriadas às
circunstâncias locais, além de cultivar trigo e outros
cereais. Eles cultivam uva sem sementes, melão de Hami
cheirosos e doces e outras boas espécies de frutas que têm
grande prestígio na China e no mundo.
Partindo
da província de Gansu e entrando na Região Autônoma da
Nacionalidade Uigur de Xinjiang, logo depois, chegam à
Bacia Turpan, conhecido em todo o mundo, pela abundância de
uvas. Sendo o segundo mais baixo ponto da terra, a Bacia
Turpan situa-se no lago Aiding, estando abaixo de 155 metros
da linha do mar. Considerado como uma bacia sem litoral, ele
é seco, enquanto sua precipitação pluviomética atinge
menos de 10 mm. Além disso, no verão tórrido, a
temperatura, em média, atinge 37 ou 38 graus. Por isso, a
Bacia Turpan é considerada como um "continente de fogo".
Mas, quem pode imaginar que existe também um oásis na
beira da bacia com as péssimas condições naturais? A
formação do Oásis Turpan é beneficiada pela neve perpétua
no pico da Cordilheira Tianshan. Quando o verão chega, o
gelo e a neve derretem e viram águas correntes, trazend o
uma vitalidade exuberante à terra estéril.
Turpan
é rico em frutas. Uva, melão de Hami e outras frutas são
deliciosas e doces, com altas proporções de açúcar.Devido
ao seu crescimento no deserto seco e quente, não há moléstias
e insetos nocivos nas plantas. Por isso, as culturas de
cereais não necessitam de inseticidas e são considerados
como alimentos naturais, fazendo com que sejam muito
procurados no mercado internacional.
A
fim de aproveitar bem os limitados recursos aquáticos e
reduzir a vaporização de água, os camponeses locais
inventaram um método especial para conduzir a água, ou
seja, "canais subterrâneos", sistema de irrigação
com poços no deserto de Gobi conectados por canais subterrâneos
que introduzem a água nos pomares e campos. Para facilitar
a manutenção, com
regular distância, cava-se um poço vertical, levando à
superfície da terra. Descendo ao final do poço, o pessoal
draga, anualmente, o canal, amontoando a terra cavada à
beira do poço. Por isso, quando as pessoas observarem
terras acumuladas no deserto de Gobi, podem concluir que lá
abaixo, há um canal subterrâneo.
Em
Turpan, há mais de um mil canais subterrâneos, com mais de
três mil quilômetros de comprimento total. O volume de
canalização da água, por ano, ultrapassa 600 milhões de
metros cúbicos, enquanto 80 %
dos campos cultivados, em Turpan, poderão ser irrigados por
canais subterrâneos.
Além
do oásis Turpan, nas regiões do noroeste chinês, existe
quatro oásis Zhangye, Wuwei e Qiuquan, na província
de Gansu, e cinco oásis Shihezi, Kuerle, Akesu, Kashi e
Hetian, em Xinjiang.
Na
grande família das nacionalidades chinesas, consideradas a
terceira maior minoria étnica, seguida por etnia Zhuang e
Hui, a nacionalidade Uigur tem uma população de seis milhões,
dos quais, a maior parte reside em Xinjiang, especialmente,
nos oásis localizados no sul da região. Sendo descendentes
de Huihe da Antigüidade, quando as pessoas de Huihe viviam
em Xinjiang, durante centenas de anos, eles harmonizam-se
com os Hans locais e outras nacionalidades indígenas,
formando a nacionalidade Uirgur. A etnia Uigur realiza a
agricultura de irrigação, cujas culturas de cereais são
trigo, arroz, milho, algodão e sésamo, bem como diversos
tipos de frutas.
A
nacionalidade Uigur tem facilidades inatas comerciais.
Antigamente, a rota da seda, a única via entre o Oriente e
o Ocidente passa por aquí. Muitos uigures são comerciantes,
geração após geração, possuindo grandes experiências
comerciais. Eles produzem os produtos agrícolas e vende-os
no mercado, além de fabricar tapetes bonitos e outros
produtos têxteis. Entre os quais, o chapéu com desenho
decorativo e quatro arestas é chamado Kaba, considerado
como um dos vestuários e adornos tradicionais dos uigures e
sendo pretendido por turistas chineses e estrangeiros. Em
Hetian, sopé da Cordilheira Kunlun, aproveitando a jade
Hetian produzido no local, os uigures produzem as famosas
esculturas de jade.
Com
o desenvolvimento contínuo da reforma e abertura, as
atividades comerciais dos uigures estão cada vez mais
importantes. Situada no leste do planalto Pamir, a cidade
Kashi é o mais importante centro comercial no sul de
Xinjiang. Quando você entra a Bazar ( "mercado"
em uigur), podem encontrar muitas bancas que vendem
artesanatos tradicionais, fr utas
deliciosas e doces, além dos produtos mais comuns. Bazar já
se tornou um encanto das mais importantes paisagens turísticas
na cidade Kashi.
A
nacionalidade Uigur tem sua própria língua e caráter.
Transmitem-se várias histórias folclóricas magníficas,
como por exemplo, a da figura "Afanti", que se
propagam em toda a China e todo o mundo.
Além
da nacionalidade Uigur, em Xinjiang, habitam a nacionalidade
Han, Cazaque, Hui, Quirquiz e outras nacionalidades. Os
cazaqueses são francos e abertos. Os homens, mulheres,
velhos e crianças têm facilidade de montar cavalo, e
gostam de lutas e jogos que envolvam os carneiros. A
nacionalidade Quirquiz é muito hospitaleira. Quando os
amigos visitam sua casa, o dono atende-os com seus melhores
alimentos, especialmente, carne de cabeça de carneiro, o
mais respeitado.
◆
Rota
da seda
A
"Rota da Seda" era um famoso caminho comercial na
antigamente, partindo de Chang´an (agora, Xi´an),
atravessando o Leste da província de Gansu e o corredor no
Oeste do Rio Amarelo, passando os passos Yumen e Yang e
depois Xinjiang, entrando no Centro, Oeste Asiático e
Europa. O caminho comercial da seda e de outros produtos e
tecidos da China são conhecidos como "Rota da Seda".
Na evolução histórica, a rota sofreu mudanças. Não
existia nenhum caminho que servia apenas para o transporte
da seda. De fato, isso é considerado um nome geral
do transporte terrestre da China para o ocidente. Sendo o laço
de intercâmbios econômicos e culturais entre a China e o
ocidente, a rota conta com a importante posição na história
da civilização mundial.
A
Rota da Seda possui três áreas no território chinês: De
Chang´an a Wuwei da província de Gansu, como o pedaço do
leste; a galeria no Oeste do Rio Amarelo como o pedaço
central; e no território de Xinjiang como o pedaço do
Oeste. A Rota da Seda teve seu início na Dinastia Xihan,
dois mil anos atrás. O grande turista, Zhang Qian, foi,
muitas vezes, às regiões do Oeste como o enviado, de forma
que finalmente, vários reinos pequenos no Oeste
incorporaram-se ao grande império da Dinastia Han. Por isso,
o caminho comercial entre a Ásia e a Europa não encontrava
nenhum obstáculo. Na dinastia Tang, a Rota da Seda era
muito próspera. O nascimento da Rota da Seda promovia o
desenvolvimento econômico, onde muitas cidades e vilas eram
criadas, tais como, Wuwei, Zhangye, Jiuquan, Dunhuang, nas
regiões do corredor ao Oeste do Rio Amarelo, província de
Gansu, e outras cidades com um mercado concorrido e uma
população densa. A Rota da Seda desempenha o importante
papel nos intercâmbios culturais e econômicos entre a
China e o Ocidente.
Através
do caminho, foram introduzidos no ocidente, a seda, objetos
de jade e ferro, e vários artesanatos, o plantio de pêssegos,
ameixas, damascos e outras frutas, bem como, a criação do
bicho-de-seda, a fundição de ferro, produção de papel e
outras avançadas técnicas produtivas. Ao mesmo tempo, o
algodão, uva, luzerna, romã, nogueira, sésamo, melancia e
outras culturas, bem como, vidro e têxteis de lã, foram
introduzidos na China. O budismo da Índia também foi
introduzido na China através da Rota da Seda, o que
influenciou o desenvolvimento cultural do País.
A
partir da Dinastia Han do Oeste, a Rota da Seda continuou
por mais de mil anos. As nacionalidades chinesas e
ocidentais criaram uma cultura brilhante nesta terra extensa.
Hoje em dia, inúmeras relíquias históricas preservadas ao
longo do caminho recordam e retratam a prosperidade antiga.
As
grutas constituem a mais destacada relíquia cultural
na Rota da Seda. No território chinês, existem a Gruta
Mogao, em Dunhuang, a Gruta do Templo Bingling, em Yongjing,
a Gruta na Montanha Maijishan, em Tianshui, na província de
Gansu, assim como, a Gruta Kezi´er, em Baicheng de Xinjiang.
Dos quais, a Gruta Mogao, em Dunhuang, é considerada a mais
famosa entre as quatro maiores grutas chinesas (outras três
são a Gruta Yungang, em Datong, a Gruta Longmen, em Luoyang,
e a Gruta na Montanha Maiji, em Tianshui,
província Gansu). Situada no sopé da montanha Mingsha que
dista 25 quilômetros do sueste de Dunhuang, a Gruta Mogao
tem dois quilômetros de comprimento, do sul ao norte, 492
grutas, mais de 45 mil metros quadrados de afrescos, mais de
2400 esculturas coloridas de Buda. No final do século 19,
numa gruta fechada, foram descobertos livros e desenhos
antigos com bastante valor cultural. Os cientistas fizeram
os estudos e formaram uma nova ciência internacional----ciência
de Dunhuang. É pena que a maior parte das relíquias
culturais tenham sido destruídas e alguns preciosos objetos
vendidos aos estrangeiros.
Atravessando
os continentes asiático e europeu, a Rota da Seda entrou em
decadência após a Dinastia Tang. Pois, o centro da
economia chinesa começou a mudar para o sul, enquanto o
transporte marítimo estava em ascensão. Tudo isso fez com
que a economia e a cultura da Ásia Central declinassem. A
partir daí, a Rota da Seda foi abandonada continuamente.
A
Rota da Seda antiga já se tornou história. Porém, a região
onde ela passava registrou grandes mudanças. A estrada e as
vias férreas entre Lanzhou e Xinjiang, partindo de Xi´an,
passando Lanzhou, até Urumqi, em Xinjiang, como um laço,
ligando todas as famosas cidades históricas, ao longo da
rota antiga. Lá, os oásis ampliaram-se continuamente,
enquanto tornaram-se suficientes os alimentos e frutas lá
produzidas foram exportadas a outras regiões chinesas.
Situada no caminho da seda, a capital provincial de Gansu,
Lanzhou é a maior importante cidade industrial, nó de
transporte e centro cultural no noroeste chinês. Perto da
antiga cidade Jiuquan, existe a maior siderúrgica no
noroeste do País. Em Jinchang, quase no deserto de Gobi,
foi criada a maior base de extração e fundição de níquel.
Perto do passo Yumen, nó de transporte antigo, os campos
petrolíferos de Yumen são a primeira base de produção na
China.
As
paisagens do deserto e as inúmeras relíquias históricas
preservadas na Rota da Seda constituem ricas atrações para
o turismo.
A viagem ao longo do caminho atrai turistas chineses e
estrangeiros. A via férrea Lanxin, entre Lanzhou e Urumqi,
que abriu seu tráfego em 1996, fortaleceu a capacidade de
transporte nas regiões do noroeste chinês. No ano 1992,
iniciou-se o funcionamento da nova ponte continental asiática
e européia, no leste, partindo da cidade portuária da
China, Lianyungang, província de Jiangsu, e chegando ao
primeiro maior porto no mundo, Roterdã, capital holandesa.
As mercadorias das regiões asiáticas do Pacífico que são
transportadas à Europa, Oriente Médio e os países da
Federação Russa, chegam, por via marítima, ao Lianyungang,
caminhando ao longo das duas artérias de vias férreas
Longhai (de Lanzhou a Lianyungang) e Xinlan, na boca da
montanha Alashan, estação fronteiriça do Oeste chinês.
Finalmente, através das cinco linhas, as mercadorias
chinesas são transportadas para a Europa e os países da Ásia
central e ocidental. Tais mercadorias também podem ser
transportadas através desta ponte, do Ocidente ao Oriente.
Atualmente, a nova ponte continental entre a Ásia e a
Europa já se tornou a mais econômica e rápida linha de
transporte internacional que liga os continentes asiático e
europeu.
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