As duas obras são consideradas como os dois primeiros apogeus da história literária chinesa. Posteriormente, surgiram as prosas simples da dinastia Qin e os Han Fu (prosa rítmica) esplêndidos da dinastia Han, assim como os Yuefu, canções populares dos fins da dinastia Han, todos os quais representam a fisionomia literária da época. Deles, os Registros Históricos de Sima Qian e Os pavões reais voam para o sudeste, são obras famosas que gozaram de popularidade através dos séculos. Nas dinastias Wei e Jin, os poemas do político e literato Cao Cao e seus filhos Cao Pi e Cao Zhi formam uma bandeira da literatura progressista para os sucessores. Durante a dinastia Tang, a criação poética chegou ao ponto mais alto e ainda se conservam mais de 50 mil poemas de milhares de autores, entre os quais sobressaem Li Bai, Du Fu e Bai Juyi. Na dinastia Song, os poetas se dividiram em duas escolas: Liu Yong e Li Qingzhao representavam a chamada "escola lírica" e Su Shi e Xin Qiji a "escola desenvolta". Na dinastia Yuan, o drama satírico constituía a mais brilhante produção literária da época. A injustiça de Dou E, de Guan Hanqing e O pavilhão ocidental, de Wang Shifu foram obras primas que se difundiram de geração em geração. Nas dinastias Ming e Qing apareceram várias novelas de fama, como a Crônica dos três reinos, de Luo Guanzhong, À margem de água, de Shi Nai'an, a Peregrinação ao Oeste de Wu Cheng'en e o Sonho das mansões vermelhas de Cao Xueqin, são quatro famosas novelas clássicas chinesas que têm sucesso até hoje e se conservam para sempre. Seus abundantes conteúdos, profundo pensamento e excelente estilo, levaram a criação da novela clássica ao ponto mais alto.

O movimento cultural pela nova democracia, iniciado na década dos 20 do século XX, trazia desde seu princípio o pensamento anti-imperialista e anti-feudal. Os autores progressistas representados por Lu Xun, iniciaram a literatura moderna da China. A verdadeira história de A Q, de Lu Xun, A Deusa, de Guo Moruo, Meia-noite, de Mao Dun, Família, Primavera e Outono, de Ba Jin, Camelo Xiangzi, de Lao She e A Tempestade e A Saída do Sol, de Cao Yu, são outras excelentes obras deste período.

Com a fundação da Nova China, em 1949, a literatura chinesa entrou em seu período contemporâneo. Nos primeiros tempos, as obras literárias refletiam principalmente as duras lutas e os enormes sacrifícios do povo chinês no período da libertação, assim como suas contribuições desinteressadas para a construção socialista da China. As obras representativas dessa época são: A rocha vermelha, de Luo Guangbin e Yang Yiyan, Canção da juventude, de Yang Mo, Grandes mudanças na aldeia de montanha, de Zhou Libo, Em busca de uma nova vida, de Liu Qing e outras. Durante a "revolução cultural", a literatura teve grandes prejuízos e apresentou um quadro de empobrecimento. A partir da reforma e abertura de 1978, a literatura retomou seu vigor. Com Cicatriz, de Lu Xinhua, como início, as obras seguintes refletem a vida do povo na "revolução cultural": A orquídea vermelha ao pé do grande muro, de Cong Weixi, Árvores para a florestação, de Zhang Xianliang, Povoado Furong, de Gu Hua e Haverá furacão esta noite, de Liang Xiaosheng. As obras chamadas de "literatura de busca das raízes" são: Sorgo vermelho, de Mo Yan, Galhardo cavalo negro, de Zhang Chengzhi, Pequena garrafa de tabaco, de Deng Youmei, Fu Xi, oh Fu Xi! , de Liu Heng, etc. Entre as obras escritas de "maneira realista" figuram: Paisagem, de Fang Fang, Tapu, de Li Zhenyun, Vida angustiada, de Chi Li, etc. Nos últimos anos, no setor da criação baseada em temas históricos, podemos citar as excelentes novelas volumosas O infantil filho do céu, de Ling Li, Zeng Guofan, de Tang Haomin, O imperador Yongzheng, de Er Yuehe, Butianlie, de Huo Da, etc. Entre as obras de temas da vida real estão: Opção, de Zhang Ping e Despedida aos últimos dias do inverno, de Zou Yuezhao.