Origem e desenvolvimento futuro da carne artificial
Geralmente, existem dois tipos de carne artificial, um feito a partir de plantas, como soja, feijão e outras fibras vegetais junto com os temperos. Outro é cultivado a partir de células-tronco animais, permitindo que as células musculares cresçam em uma placa de Petri e se transformem em tecido muscular, e depois são processadas em pedaços de carne que costumamos comer. A carne vegetal já é muito comum, especialmente em comida vegetariana. A carne cultivada, conhecida como carne de laboratório ou carne in vitro, está se tornando cada vez mais popular.
A ideia quanto à carne de laboratório surgiu em 1894, quando o químico francês Marcellin Berthelot disse que os ovos e a carne poderiam ser produzidos de maneira completamente diferente dos processos tradicionais. Mais de 90 anos atrás, o ex-primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, também previu que existiria no futuro uma tecnologia capaz de produzir partes de animais em laboratório para nos alimentar, sem a necessidade de sacrificar seres vivos. Na época dos anos 90 do século passado, um projeto financiado pela Nasa, a agência espacial dos EUA, produziu um tipo de carne de peixe a partir do cultivo in vitro de partes do músculo esquelético de peixes dourados.
Até em 2013, o professor Mark Post da Universidade de Maastricht, na Holanda, trabalhou com multiplicação de células animais, que aglomeradas se transformaram em fibras, e produziu com sucesso o primeiro hambúrguer em laboratório feito com células-tronco de músculos de vacas. Este hambúrguer custou US$ 250 mil e foi apresentado ao mundo em um programa na rede de TV britânica BBC.
Apesar de apresentar um desenvolvimento rápido, os produtos da carne artificial ainda não podem ocupar o principal mercado consumidor em curto prazo. Segundo o Euromonitor International, companhia de consultoria em informações, entre 2014 e 2018, o mercado de “não carne” da China, inclusive os produtos alternativos de carne, cresceu 33,5%. Em 2018, o tamanho do mercado foi aproximadamente de US$10 bilhões. Segundo a previsão da empresa, até 2023, o número chegará a US$11,9 bilhões, mas isso representa apenas uma pequena parte do consumo anual da China de quase 100 milhões de toneladas de carne. Mesmo nos EUA, a promoção e popularização da carne artificial ainda precisa de um longo tempo. Além de gosto insatisfatório, o alto preço também é uma desvantagem principal da carne artificial comparando com a carne real.