Mêncio na história (1) – a canonização de Mêncio
Neste novo ciclo, apresentamos Mêncio e a obra homônima. Começamos com o paradoxo de que se tornou uma figura de proa do Confucionismo após permanecer ignorado por mais de mil anos. No século IX, o ensaísta Han Yu (dinastia Tang) elegeu Mêncio como o único herdeiro de Confúcio, em parte como reação ideológica ao Budismo. Com a nova separação da China em dois corpos políticos, a “Transmissão Ortodoxa do Dao”, agora incluindo os dois irmãos Cheng e Zhu Xi, consolidou o estatuto de Mêncio, que seria efetivamente canonizado como “Segundo Sábio” no século XIV.
Referências básicas:
Han Yu, Obras, “Ensaio sobre o Dao Original” (唐韩愈《韩昌黎集》卷十一《杂著一·原道》)
Cheng Hao e Cheng Yi, Obra Completa dos Irmãos Cheng, “Memorial fúnebre do Senhor Mingdao” (宋程顥、程頤《二程文集》卷第十二《明道先生墓表》)
Zhu Xi, Ensinamentos Orais do Mestre Zhu, “Sobre Confúcio, Mêncio, mestres Cheng, mestre Zhang” (《朱子语类》卷九十三《孔孟周程張子》)