Mônica Valente: centenário do PCCh inspira reflexão aos valores democráticos
“O centenário do Partido Comunista da China (PCCh) oferece uma experiência inspiradora para outros partidos progressistas superar os próprios problemas e estimular uma reflexão sobre os valores democráticos”, comentou a secretária-executiva do Foro de São Paulo, Mônica Valente, na margem do Fórum entre o PCCh e os partidos políticos da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), com o objetivo de trocar experiências e ideias para contribuir na construção de um mundo melhor.
Chefiando a organização dedicada à ação conjunta da América Latina diante do neoliberalismo, Mônica Valente aponta que desafios globais, como mudanças climáticas e pandemia de Covid, já revelam evidentemente a urgência de desenvolver o multilateralismo solidário e sinergético. Portanto, valoriza e enxerga como solução as duas diretrizes do PCCh de colocar povo no primeiro lugar e construir uma comunidade de futuro compartilhado para toda a humanidade. Ela saudou a iniciativa chinesa recém-anunciada para fornecer um adicional de 1 bilhão de doses ao povo do continente africano perante a nova onda da variante ômicron. “Ninguém estará salvo até que todos estejam salvos”, disse Mônica.
As conquistas da trajetória de cem anos do Partido Comunista da China, com destaque à façanha de conseguir o fim da pobreza extrema nas zonas rurais, trazem uma nova perspectiva para Mônica Valente em relação à concretização dos valores democráticos. Para ela, a democracia não é simplesmente ter uma eleição de 4 a 4 anos e depois não dar satisfações ao povo. “Os valores da democracia ocidental já mostram o contrário da sua essência e as pessoas estão sofrendo com o aumento de pobreza, desemprego, doença e morte”, comenta ela, e observa o oposto disso na China, porque é um país dirigido pelo Partido Comunista da China.
A representante do Foro de São Paulo destaca ainda que o conceito da democracia não é o único que vale para todos os povos, tradições políticas e culturais, e cada país vai encontrar o seu modelo. “Infelizmente, a democracia já se tornou um tema usado por parte dos ‘poderes hegemônicos’ para buscar desqualificar as riquíssimas experiências democráticas que existem na humanidade e em diversos países”, criticou.
“Afinal de contas, é a hora para o mundo analisar o passado e projetar um futuro melhor para o bem-estar de mais aldeões do Planeta”, finalizou Mônica Valente.