Paulo Nogueira aponta afinidades e potencialidades da parceria Brasil-China na governança global

Fonte: CRI Published: 2021-10-26 19:12:38
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“A China e o Brasil possuem uma afinidade natural com os valores solidários e aspiração comum de construir um mundo equilibrado”, disse o economista brasileiro Paulo Nogueira Batista Junior, em entrevista para o Grupo de Mídia da China. Ele compartilhou sua visão sobre o atual enquadramento internacional e sua governança global, indicando que o tamanho da China, do Brasil e de outros membros do Brics demanda um pensamento coletivo em prol da prosperidade de toda a humanidade.

Atuando como vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, de 2015 a 2017, e diretor executivo no FMI pelo Brasil e outros de países em Washington, de 2007 a 2015, Batista tem observado de perto a disputa de poder nas instituições internacionais e percebeu que os americanos e europeus não abrem espaço para os emergentes, especialmente a China. “A história pesa muito e eles não conseguem superar o seu passado de potências hegemônicas”, afirmou. Por isso, ele aposta na potencialidade da parceria Brasil-China e de outros mecanismos multilaterais que podem trazer algo novo e superar os interesses nacionais egoístas.

Para o autor do livro Brasil não cabe no quintal de ninguém, a relação entre Brasil e China não deve ser vista como contra algum país, mas visa simplesmente favorecer ambas as nações. Com base na sua vasta convivência com diplomatas chineses, ele enxerga que a China tem uma tradição de ver as relações internacionais com menos antagonismo, recordando que “o país era um império pacífico ao longo de milénios e até não quis chegar perto dos ocidentais”. Batista avaliou de forma positiva as iniciativas que a China tomou, como o Cinturão e Rota, com objetivos de levar o desenvolvimento para mais países em desenvolvimento com as próprias experiências de desempenho extraordinário em termos de economia e progresso social.

Além disso, o economista descobriu na cultura chinesa uma preocupação com a sinceridade. “O mundo deve entender que a China sinceramente quer uma comunidade de futuro compartilhado”, salientou. Ao advertir que as informações sobre a China que chegam ao mundo por meio dos Estados Unidos são muito carregadas de negatividade, sugeriu que as pessoas mergulhadas na civilização ocidental, inclusive os brasileiros, tenham confiança nos chineses para promoverem uma cooperação mais duradoura.

Firme na visão de que o eixo do mundo multipolar está deslocando para o leste da Ásia, Batista encoraja os jovens brasileiros a viver, trabalhar e mergulhar na China, para entender essa diferente realidade histórica, cultural e política, mas onde tem futuro.

Quanto às demais questões polêmicas que o mundo atenta sobre China, como modelo econômico e intervenção estatal nas empresas privadas, o economista brasileiro também compartilhou perspectivas únicas e inspiradoras. Não perca a entrevista completa.

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