Estudante brasileiro Miguel Manacero registra a vida de quarentena em Wuhan
De 19 anos de idade, o estudante brasileiro, Miguel Manacero, escolheu não se retirar de Wuhan, o primeiro epicentro da pandemia do COVID-19, e enfrentou sozinho a vida totalmente isolada na universidade. Felizmente, não teve nenhum amigo nem conhecido infectado e saiu do surto com saúde.
No início também sentiu medo e os pais se preocuparam com as necessidades diárias do filho. Mas de fato, os mercados não pararam e a cidade de Wuhan recebeu muitas doações de outras províncias, inclusive sua universidade, que recebeu alimentos, disse Miguel Manacero. Portanto, ficou impressionado com a mobilização da China para combater a epidemia. “Comparando com a população de Wuhan, o número de casos infectados não foi tão grande. A cidade conseguiu lidar bem com a situação,” relembrou o jovem brasileiro.
Outra história que mexeu com Miguel Manacero aconteceu com ele mesmo. Um dia no supermercado se deparou com um senhor de idade que lhe pediu desculpas por causa da doença. “Mas a culpa não é de ninguém,” retrucou sinceramente. O jovem bondoso ainda ajudou como intérprete na retirada dos compatriotas brasileiros de Wuhan.
Logo que o primeiro caso do COVID-19 chegou ao Brasil, Miguel Manacero avisou a família para se prevenirem e evitarem sair ao máximo. Com a própria experiência em Wuhan, deseja que a questão seja controlada da melhor forma no Brasil.
Agora a vida está voltando ao ritmo normal na China. Olhando para o futuro, Miguel Manacero está planejando começar uma graduação em educação física numa universidade chinesa, ao mesmo tempo, quer aproveitar para conhecer mais lugares e pessoas diferentes do país o qual é apaixonado.