Diário de isolamento e estudo dos universitários chineses no Exterior
Usar máscara no quarto e apenas sair para ir ao supermercado uma vez em duas semanas, a estudante chinesa Li Shuo, que está concluindo a licenciatura na Universidade Nova de Lisboa, segue rigorosamente a prevenção individual frente ao agravamento da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Até esta terça-feira (14), o número de casos infectados em Portugal era de 17.448. Apesar da situação severa, Li Shuo optou por ficar em Lisboa para não perder o contato com a faculdade e acompanhar bem os planos de estudo. O dia começa com aulas a distância. Após o estudo, cozinha em casa e às vezes pede entrega de comida chinesa. Uma vez que os colegas do apartamento saem de casa todos os dias sem máscaras, ela decidiu seguir a proteção máxima. De noite, as salvas de palmas dos vizinhos portugueses em agradecimento aos médicos e enfermeiros se torna um conforto para a vida em quarentena.
Aproveitando do tempo livre, Li Shuo participa ainda do trabalho voluntário para traduzir os manuais de experiência do hospital em Wuhan sobre o tratamento do COVID-19. Quer fazer sua parte para ajudar neste combate ao surto em Portugal.
Para Zhang Shuai, doutorando em física na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a vida isolada passa calma e ordenada, graças a uma melhor percepção dos moradores locais da severidade da doença e cada dia mais começam a adotar medidas de prevenção. Agora, os casos confirmados do COVID-19 já ultrapassam a barreira de 25 mil no Brasil.
Depois de conhecer amplamente as informações e experiências sobre o controle e prevenção do COVID-19 na China, sobretudo as recomendações do médico Zhang Wenhong, Zhang Shuai sente-se aliviado e seguro. Ao mesmo tempo, a Embaixada da China e o Consulado no Rio de Janeiro também deram muita confiança a ele para superar a dificuldade, com comunicações estreitas e distribuição do pacote de saúde, contendo máscaras, luvas descartáveis e desinfetantes.
Devido ao fechamento do laboratório, Zhang Shuai só pode ler livros em casa, tomar chá e goza do ritmo parado. É também uma diversão assistir aos vídeos engraçados registrando a vida isolada dos brasileiros. “Um dia vou sentir muita falta desse tempo no Rio,” finalizou o estudante chinês.