Diego Xavier apela para unidade entre povos a fim de superar o coronavírus

Fonte: CRI Published: 2020-03-25 11:59:54
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A onda do novo coronavírus (COVID-19) sacode o mundo inteiro devido à transmissão rápida e agressiva entre as pessoas. No Brasil, o número de casos confirmados da infecção subiu para 2.201 nesta terça-feira (24), com epicentro na capital paulista, São Paulo. Para Diego Amorim Xavier, sociológico e pesquisador da USP e da Unicamp, este momento delicado apela mais para a união da humanidade, em vez de xenofobia e culpabilidade.

Diego Xavier acompanha bem de perto o combate da China contra o coronavírus, especialmente em Wuhan, cidade mais afetada pela epidemia, onde morou entre 2010 a 2011. Ele concorda que a China tomou medidas plenamente rigorosas por conta da dimensão e população gigante, avaliando essa estratégia de “supressão” como eficiente e oportuna para eliminar o vírus. Salienta também o custo alto que o país assumiu.

Do ponto de vista do Diego, a China não é culpada pelo surgimento da doença. Sobretudo, nenhum caso que chegou ao Brasil veio da China. Ele explica com um exemplo: “Se um amigo vem à minha casa e de repente cai e se machuca, não sou culpado por isso, mas quero fazer algo para recompensar”, assim como a China, que se sente responsável e não poupa esforços para prestar auxílio, mandando equipes médicas e recursos necessários para outros países.

Falando das acusações à China nas redes sociais, incluindo as feitas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e pelo deputado federal brasileiro, Eduardo Bolsonaro, Diego Xavier acha muito lamentáveis. “Na hora de encontrar problema interno, culpa o outro” opinou, aprovando que a xenofobia não cura nem mata vírus.

Ao lembrar de suas experiências na China, Diego Xavier diz ter aprendido muito de forma pragmática. Quando surge um problema, devemos apenas resolvê-lo. Agora o Brasil começa a adotar contramedidas para conter o coronavírus, anunciando suspensão das atividades sociais. Diego Xavier adverte os compatriotas que não é um período de férias e de lazer, mas sim um período de sacrifício que todas as pessoas precisam fazer. Preocupado com as comunidades mais pobres, deseja que o Brasil consiga ultrapassar a doença em breve.



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