Filomeno Jorge canta em Patuá a vida abundante de Macau
“Passro Verdi, Ai Qui Saiam , Iou Quelora Velo, Abri Vosso Coracam...” São músicas cantadas em Patuá, uma língua crioula de base portuguesa formada em Macau e apenas falada por poucos macaenses da família inter-racial de Portugal e China. Filomeno Jorge é um dos que ainda sabem cantar em Patuá com pronúncia misturada de português e cantonês, apesar de às vezes não entender o significado.
(Photo: Cao Siqi/GT)
Com 62 anos de idade, Filomeno Jorge continua dedicando seu tempo à composição de melodias para adaptar mais letras do poeta macaense José dos Santos Ferreira. As obras costumam falar sobre coisas pequenas do cotidiano, como travessas, comidas e fofocas mais em pauta na cidade, tudo isso compõe a peculiaridade de Macau.
A música ajuda Filomeno Jorge a crescer culturalmente e a passar os dedos pela viola. Junto com Tuna Macaense, ele leva as melodias em Patuá para as pessoas nas cidades da parte interior da China, em Portugal, no Brasil, na Nova Zelândia, entre outros países. Para o Ano Novo de 2020, Filomeno Jorge deseja que a Tuna Macaense e o Patuá preservem as boas memórias de Macau ainda por muito tempo.