UNCTAD acredita que a atração chinesa ao investimento estrangeiro não muda
Um relatório publicado dia 8 pela Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) indica que, com o impacto da epidemia, é previsto uma diminuição de investimento direto estrangeiro de 5% a 15% no mundo inteiro. Em entrevista ao Grupo de Mídia da China, o diretor de Investimento e Empresas afirmou que a epidemia não mudará os fundamentos da China para atrair investimentos estrangeiros. Ouça a reportagem.
O relatório da UNCTAD aponta que a epidemia do novo coronavírus exercerá um impacto grande ao investimento direto estrangeiro global, que poderá chegar ao ponto mais baixo desde a crise financeiro mundial em 2008. O diretor de Investimento e Empresa da UNCTAD, Zhan Xiaoning, analisou:
“Segundo a nossa avaliação preliminar, o investimento direto estrangeiro poderá diminuir 5% a 15% no mundo. E isso dependerá da propagação da epidemia. Se a epidemia for controlada no primeiro semestre, a queda pode se limitar em 5%. No entanto, se a epidemia continuar até o final deste ano, o número poderá chegar a 15%.”
De acordo com a pesquisa da UNCTAD, nas cem maiores companhias internacionais, dois terços já confirmaram o impacto trazido pela epidemia em comunicados, 41 companhias emitiram um alerta antecipado sobre redução de lucros, o que influenciará o reinvestimento. Além disso, nas cinco mil maiores empresas, quase metade já reduziu a expectativa de lucro que pode diminuir 9%. E, nos países em desenvolvimento, o lucro das maiores empresas reduzirá possivelmente até 16%.
Zhan Xiaoning considera que embora a China seja influenciada pelo ambiente internacional, o fundamento do país, em termos de atração do investimento estrangeiro, não mudará.
“A base industrial da China e os fundamentos do país para atrair o investimento estrangeiro não mudaram. O país continua tendo vantagens na atração dos investimentos.”
Segundo Zhan, o investimento direto estrangeiro depende de três fatores, política, base econômica e facilitação de investimento. Em termos de política, a China só vai ampliar mais a abertura ao exterior.
“A China está ampliando gradualmente a abertura, adotando novas medidas, incluindo a inovação institucional e a inovação de atração de investimento. Por isso, as nossas vantagens são maiores do que outros países, especialmente os concorrentes nesta área. Alguns países desenvolvidos estão defendendo o protecionismo comercial, a China, ao contrário, está abrindo a sua porta.”
Zhan Xiaoning afirmou que, a China possui um enorme volume econômico. Sem importar a velocidade de crescimento, o volume econômico aumenta, tal como a renda per capita. Isso é visto por todo o mundo. A infraestrutura e a qualidade dos recursos humanos do país estão se aperfeiçoando constantemente, de modo a facilitar o investimento no país.