Comércio exterior da China ultrapassa 31 trilhões de yuans em 2019
Os dados mais recentes da Administração Geral de Alfândegas da China indicam que, em 2019, a importação e a exportação de mercadorias do país totalizaram 31,54 trilhões de yuans, 3,4% a mais do que o ano anterior. A China continua a liderar no comércio internacional de bens. Acompanhe a reportagem.
Frutos do mar da Austrália, vinhos da América do Sul, produtos luxuosos da Europa, são mercadorias provenientes de todo o mundo que enchem os carrinhos dos consumidores chineses. Em 2019, a importação da China dos bens de consumo aumentou 19%. O aumento de frutas, cosméticos e frutos do mar foram de quase 40%.
O rápido crescimento do consumo de artigos cotidianos reflete o desenvolvimento da qualidade do comércio do país. Segundo os dados, no ano passado, a exportação de bens da China aumentou 5%, com o valor de 17,23 trilhões de yuans; enquanto a importação subiu 1,61%, chegando a 14,31 trilhões de yuans. O país registrou um superávit comercial de 2,92 trilhões de yuans, uma alta anual de 25,4%. É de notar que em dezembro do ano passado, tanto a importação, como a exportação bateram o recorde mensal, excedendo muito a previsão externa.
O vice-diretor da Administração Geral de Alfândegas, Zou Zhiwu, analisou a situação comercial em coletiva de imprensa do Conselho de Estado.
“A China provavelmente permaneça o maior país de comércio de bens em 2019, conforme nossa análise preliminar. Os dados da OMC sobre os primeiros dez meses de 2019 mostram que a exportação chinesa foi a melhor entre os dez principais países de comércio.”
Em 2019, a União Europeia continuou a ser o maior parceiro comercial da China. A Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) se tornou o segundo maior parceiro. O comércio entre a China e a Asean teve um acréscimo de 14%, chegando a 4,43 trilhões de yuans. O comércio com os EUA, porém, diminuiu cerca de 10%, marcando 3,73 trilhões de yuans. Além disso, a importação e a exportação com os países ao longo do Cinturão e Rota manifestaram-se um rápido aumento de quase 11%, atingindo 9,27 trilhões de yuans.
As empresas privadas tiveram um desempenho melhor do que as de capital estrangeiro em 2019, se tornando a força principal do comércio exterior da China. A importação e a exportação das privadas representaram 40% do total com o valor de 13,48 trilhões de yuans, aumentando 11,4% ao comparar com 2018. As empresas privadas do centro e do oeste tiveram um crescimento comercial mais rápido, de 28,3% e 22,4% respetivamente. O vice-diretor da Administração Geral de Alfândegas, Zou Zhiwu disse que as empresas privadas estão reforçando a presença nos mercados emergentes.
“A exportação das empresas privadas aumentou em todos os mercados em 2019. Na Asean, aumentou 25%, na América Latina, 11% e na África, 15%. Todas essas cifras são melhores do que a média do país nas mesmas regiões.”
A estrutura do comércio exterior da China também foi melhorada em 2019. Segundo Zou Zhiwu, a China aumentou notavelmente sua competitividade no comércio internacional.
“Segundo as estatísticas da OMC, de janeiro a setembro de 2019, os produtos mecânicos e elétricos da China aumentaram 0,2 ponto percentual na parcela global, e os produtos de trabalho intensivo aumentaram 0,9 ponto percentual. Ao mesmo tempo, aqueles de alto valor agregado mantiveram uma tendência boa de exportação. As mercadorias de marcas próprias chinesas registraram uma alta de exportação de 12%, chegando a 1,9 trilhões de yuans e representando 17% da exportação total. Essa cifra mostra um aumento de 1,1 ponto percentual.”