Atualização de livre comércio entre China e Chile conduz tendência comercial global
Dia 11 de novembro, durante a 25ª Cúpula Informal da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC), realizada na cidade vietnamita de Da Nang, a China e o Chile assinaram um documento de atualização do livre comércio. O conselheiro econômico chinês no Chile, Liu Rutao, declarou que esta atualização trará mudanças essenciais para o modelo de comércio bilateral e maiores benefícios aos povos dos dois países. Ouça a reportagem.
Em novembro de 2005, o Chile tornou-se o primeiro país latino-americano a firmar acordo de livre comércio com a China, No final de 2015, os dois países aplicaram completamente a isenção mútua de impostos aduaneiros no comércio bilateral. Até o final do ano passado, o volume comercial entre as duas nações ultrapassou a casa de US$ 31,36 bilhões, 4,4 vezes mais do que em 2005. A China já se tornou o maior parceiro comercial do Chile no mundo. E o Chile é o terceiro maior parceiro da China na América Latina.
O conselheiro econômico da China no Chile, Liu Rutao, afirmou que as cooperações econômicas e comerciais entre os dois países já superaram o modelo tradicional de focar principalmente na redução de impostos alfandegários. A parceria necessita de crescimento no comércio de serviços e de elevação do nível de livre comércio.
“Depois de passar a etapa de redução de impostos, devemos pesquisar um mecanismo de preferência mútuo mais avançado. Este mecanismo deve incluir a facilitação de procedimento aduaneiro e de comércio, por exemplo: despacho aduaneiro eletrônico, mecanismo de coordenação, gerenciamento automatizado, etc. Estas são abordagens de alto nível para promover o desenvolvimento do comércio bilateral. Em termos de serviço, os governos dos dois países devem facilitar ainda mais a importação e a exportação de bens.”
Em 2008 e 2012, a China e o Chile assinaram respetivamente dois acordos complementares de livre comércio sobre comércio de serviços e investimento. O presidente chinês, Xi Jinping, durante a sua visita oficial ao Chile, em novembro de 2016, firmou um memorando de entendimento com chefe de Estado chileno, dando início às negociações sobre a atualização do livre comércio.
Este documento de atualização, recém firmado no Vietnã, abrange a atualização em quatro áreas que são: acesso de mercado do comércio de bens, comércio de serviços, regras de origem e cooperação de tecnologia econômica. O acordo adiciona conteúdos relacionados a facilitação de procedimento aduaneiro e de comércio, comércio eletrônico, concorrência, ambiente comercial, entre outros. Liu Rutao considera que a cooperação do comércio eletrônico é o maior destaque nesta atualização.
“Foi a China que propôs adicionar a promoção do comércio eletrônico. O que é a tendência do futuro? Achamos que o comércio eletrônico é muito importante. E já temos experiências e mecanismos maduros. O comércio eletrônico da China desenvolve-se rapidamente e orienta a tendência global. Por isso, adicionamos isto no documento de atualização. Antigamente, a China era apenas um participante das negociações internacionais. Hoje, podemos ser um orientador na elaboração de regras para o futuro.”
Liu Rutao ainda relatou outros três conteúdos importantes no novo documento, facilitação comercial, aperfeiçoamento do mecanismo de coordenação e proteção ambiental. Para ele, esses pontos contribuirão para a reforma do lado da oferta na China.
“A entidade do governo chileno responsável pela promoção do comércio já assinou acordos com a Alibaba e o JD.com, para vender produtos de especialidade do Chile nos grandes sites de compras online. No JD.com, pode encontrar vinhos e frutas do Chile, enriquecendo os alimentos da população chinesa.”
Cereja, salmão, vinho e muitos outros produtos agrícolas chilenos de alto valor agregado já estão na mesa de jantar dos chineses. Carros, equipamentos e máquinas, produtos eletrônicos da China também se tornaram uma parte indispensável da vida do povo chileno. No entanto, no final de 2016, o investimento chinês direto ao Chile foi apenas de US$ 400 milhões. Liu Rutao acredita que o novo acordo de atualização trará oportunidade para as empresas chinesas expandirem seu investimento no país latino-americano.
“Nossas empresas devem conhecer e se adaptar mais ao ambiente de investimento e o modelo de investimento exclusivo no mercado chileno. Porque o Chile é um país moderadamente desenvolvido, mas as nossas empresas estão mais costumadas com os métodos tradicionais de contratação de projetos da África. Esses métodos não se aplicam no Chile. Devemos estudar novas práticas de cooperação internacional, para ganhar experiência.”