Este ano é o Ano Espanhol na China. Exposições, shows e outras atividades ligadas à cultura espanhola estão invadindo a Capital chinesa. Cartazes afins são vistos na rede de transporte público, zonas comerciais e universidades.
Você curte agora o show do flamenco "PA´TOS" promovido em Beijing. Com o acompanhamento de guitarra, palmas e sapateado, a dançarina vem nos mostrando um dos ícones da música e da cultura espanhola.
Como uma das mais importantes atividades do Ano Espanhol na China, o festival artístico "Flamenco de Todos" de uma semana, integra exposição de fotos, shows, fóruns, aulas de guitarra e de danças infantis. O renomado guitarrista espanhol, Gerardo Nunez, também participou do evento.
"Durante o festival do flamenco, promovemos o curso gratuito no Instituto Cervantes em Beijing. Ensinamos a dança e a arte da guitarra. Estou muito contente por ver tantos chineses interessados no flamenco. Eles têm nossos CDs, mas esse contato direto favorece o ensino", diz Gerardo Nunez.
A exposição De Titian a Goya, promovida na Galeria Nacional de Belas Artes, mostra parte da coleção do Museu Nacional de Prado, da Espanha. As 52 obras em exposição abordam retratos, eventos históricos, mitos e a vida cotidiana, e incluem nomes como Vecellio Titian, um dos principais representantes da escola veneziana no Renascimento do século XVI, Peter Paul Rubens, pintor flamengo inserido no contexto do Barroco do século XVII e do imortal Goya. A obra Vénus with Cupid and an Organ-Player, de Vecellio Titian, é avaliada em 50 milhões de euros.
O governo espanhol presta muita atenção à exposição. O rei Juan Carlos visitou por duas vezes a Galeria Nacional de Belas Artes, além de ter comparecido à cerimônia de inauguração. O diretor do Museu Nacional de Prado, Miguel Zugaza Miranda, declarou à CRI,
"A Espanha, sobretudo o nosso Museu Prado, se orgulha muito por poder trazer as clássicas obras do Ocidente. É uma exposição sem precedentes. Selecionamos as 52 melhores obras do Prado, que podem interpretar a história de arte do mundo ocidental. Para os que não conheçam muito bem a história, a exposição oferece uma oportunidade de aprendizagem".
A exposição causou o frisson na Capital. A Galeria Nacional de Belas Artes recebe diariamente mais de mil visitantes. Aos fins-de-semana, o número atinge dez mil pessoas por dia. Yun ficou emocionada.
"Gostaria tanto de tirar as fotos, mas isso é proibido. Foi uma grande pena, pois tive poucas oportunidades de apreciar pinturas tão clássicas. A luz que os pintores empregaram nas suas obras me impressionou muito".
Segundo o diretor da Galeria Nacional de Belas Artes, Fan Di´an, sua entidade promove ao mesmo tempo fóruns abertos para os acadêmicos trocarem opiniões e divulgarem ao público conhecimentos básicos sobre artes clássicas. Ele apresentou:
"Hoje em dia, o público chinês tem acesso à arte clássica européia. Apesar de termos promovidos antes mostras de arte estrangeira, a exposição desta vez criou o melhor ambiente para mostrar as obras clássicas européias".
De acordo com Fan, o público chinês nutre desde sempre um especial interesse pela cultura espanhola. O evento constitui uma boa oportunidade para o aprofundamento do conhecimento sobre aquele país europeu.
No Museu da Capital, a exibição Mundo de Gaudí mostra, por outro lado, a fantástica arte arquitetônica espanhola. O renomado arquiteto catalão, Antoni Gaudí é um dos símbolos da cidade de Barcelona. Suas 17 obras foram tombadas como acervo cultural nacional da Espanha, três das quais entraram na lista de patrimônios culturais mundiais da UNESCO.
Maria Isabel Serrano, do Gabinete Nacional para a Promoção Cultural ao Exterior da Espanha, disse:
"Nós achávamos que apenas aqueles chineses que visitaram a cidade de Barcelona iriam ficar encantados com a arquitetura de Gaudí. Desejamos então trazer uma parte das suas obras à China, para que os visitantes chineses possam sentir pessoalmente seu charme".