Na coletiva de imprensa de rotina da chancelaria chinesa de hoje (10), um repórter perguntou a posição da China referente a um relatório divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), no qual foi registrado um aumento de mais de 8%, de 2020 a 2021, no número de homicídios com armas nos Estados Unidos, atingindo um novo recorde desde o início dos anos 1990.

A porta-voz da chancelaria chinesa, Mao Ning, respondeu que tomou conhecimento do relatório e dos dados divulgados no site “Gun Violence Archive”, que indicam que, nos primeiros nove meses deste ano, ocorreram 500 tiroteios em massa nos EUA, cada um com pelo menos quatro pessoas mortas ou feridas. Desde o final de setembro, houve uma série de tiroteios no Texas, Maryland, Arizona e outros lugares no país norte-americano.

Ainda de acordo com o relatório, os afro-americanos têm, em todas as faixas etárias, a maior taxa de morte por tiros. Anteriormente, um relatório do CDC havia mostrado que os afro-americanos tinham 12 vezes mais probabilidade de serem mortos por armas do que os brancos. A discriminação racial sistemática, sobreposta à violência armada, vitimou minorias.

A porta-voz chinesa disse que o direito à vida é o direito humano mais importante. Se a violência armada pode ser efetivamente contida e se os direitos das minorias étnicas podem ser protegidos, esses devem ser os critérios importantes para a comunidade internacional medir a democracia estadunidense.

Tradução: Inês Zhu

Revisão: Diego Goulart