Comentário: o fracasso do "plano nuclear" EUA-Reino Unido-Austrália é irreversível
Fonte: CRI Published: 2022-10-03 20:26:13

"O confronto nesta conferência sobre cooperação em submarinos nucleares entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália é feroz e sem precedentes", afirmou o representante chinês na reunião da 66ª Conferência Internacional da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, em sigla de inglês), após a reunião do Conselho da AIEA em setembro deste ano. Este é outro fracasso do "Aukus", como é chamado o acordo dos três países. 

Desde setembro do ano passado, os três países anunciaram cooperação em submarinos nucleares, deixando a comunidade internacional em alerta. Em 2021, eles lançaram uma guerra de opinião pública na tentativa de esconder a essência da proliferação nuclear com o chamado "reator de energia naval". No entanto, independentemente dos meios e truques que os três países adotem, eles não vão escapar do fracasso porque suas ações são contraproducentes, contra a lei e desafiam as regras. 

Algumas pessoas nos Estados Unidos e nos países ocidentais falam frequentemente de "ordem internacional baseada em regras", mas suas ações afrontam as regulações existentes. A cooperação em submarinos nucleares viola três tratados internacionais. 

Primeiro, ela desrespeita o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). A cooperação submarina nuclear EUA-Reino Unido-Austrália é a primeira vez que dois estados com armas nucleares exportam abertamente toneladas de material para um estado sem este tipo de armamento desde que o TNP foi alcançado. 

Em segundo lugar, é contrária ao Estatuto da AIEA, que define claramente que a assistência da agência não pode ser utilizada para promover qualquer propósito militar. Os materiais nucleares, reatores e equipamentos nucleares e a assistência técnica que os EUA e o Reino Unido pretendem transferir para a Austrália constituem óbvios "propósitos militares" e violam diretamente o Estatuto da AIEA. 

Em terceiro lugar, a cooperação viola o Tratado de Zona Livre de Armas Nucleares do Pacífico Sul, que estipula o estabelecimento de uma zona livre de explosivos nucleares na região do Pacífico Sul, onde as partes signatárias concordam em não colocar, testar qualquer dispositivo explosivo nuclear e não despejar resíduos radioativos e outras substâncias radioativas. 

Atualmente, a Agência Internacional de Energia Atômica  deu início ao processo de revisão intergovernamental para discutir a cooperação em submarinos nucleares entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália. Esta é a maneira correta de resolver o problema. Não é viável para os três países tentem forçar a saída deste processo. Eles devem retornar à órbita do sistema de não-proliferação o mais rápido possível. 

Tradução: Li Jinchuan

Revisão: Patrícia Comunello