O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na quinta-feira que está "gravemente preocupado" com o desenrolar da situação dentro e ao redor da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia.

"Pedi que todos os envolvidos tenham o bom senso e a razão e não realizem quaisquer ações que possam pôr em perigo a integridade física, segurança ou proteção da usina nuclear", disse ele em comunicado.

A Ucrânia e a Rússia trocaram acusações sobre um ataque à usina de Zaporizhzhia, que é um dos maiores complexos de energia atômica da Europa e gera um quarto da eletricidade total da Ucrânia.

Em sua declaração, Guterres disse que a Organização das Nações Unidas continua apoiando totalmente o trabalho crítico da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e seus esforços para garantir as operações seguras da usina de Zaporizhzhia.

"Peço às partes que forneçam à missão da AIEA acesso imediato, seguro e irrestrito ao local", disse ele.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse na quarta-feira que, em vez de discutir comentários absurdos, como a criação de uma zona de exclusão aérea sobre a usina nuclear de Zaporizhzhia, é necessário que a AIEA inspecione a usina.

Zakharova disse que a Rússia solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o bombardeio da usina de Zaporizhzhia, e a comunidade internacional deve avaliar a situação de forma abrangente.