O Brasil registrou uma deflação de 0,68% em julho comparada a junho, menor taxa de inflação negativa no país desde janeiro de 1980 e a primeira queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) após 25 meses de alta, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em comparação com julho de 2021, houve um aumento de 0,96%. No acumulado do ano, o Brasil registra uma inflação de 4,77%, enquanto nos últimos doze meses até julho, o índice é de 10,07%, ligeiramente inferior aos 11,89% registrados em junho.

Em julho, dois dos nove grupos de produtos e serviços analisados tiveram uma queda de preços, enquanto os outros sete registraram alta.

O resultado do mês foi influenciado principalmente pelos custos de transportes (-4,51%) e habitação (-1,05%)

Dentro do setor de transportes, os combustíveis (-14,15%) influenciaram o recuo dos preços, enquanto no grupo habitação, houve queda no preço da energia elétrica (-5,78%).

Por outro lado, em julho foi destaque a alta dos preços do grupo alimentação e bebidas (1,30%), gastos pessoais (1,13%) e vestuário (0,58%).

Para este ano, o governo e o Banco Central estipularam como meta uma inflação de 3,5% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, embora o BC já tenha admitido que, pelo segundo ano seguido, não poderá cumprir o objetivo.

Em 2021, o Brasil registrou uma inflação de 10,06%, quase o triplo da meta estabelecida (3,75%) e a maior desde 2015. Para este ano, o mercado financeiro projeta uma inflação de 7,11%.