A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, realizou uma visita a Taiwan no dia 2 de agosto, a despeito da forte oposição chinesa. O ato, com forte natureza provocativa, contraria severamente o princípio de “uma só China”, viola a soberania do país e tem o repúdio da comunidade internacional em geral.

Michael Borchmann, ex-diretor-geral da Secretaria dos Assuntos Europeus e Internacionais do Governo Estadual de Hesse, Alemanha, e conselheiro honorário da Agência de Promoção de Investimentos do Ministério do Comércio da China, Fabio Massimo Parenti, professor associado de Relações Internacionais no Instituto de Lorenzo de' Medici da Itália, e Serdechnyi Oleksandr, economista e especialista em comércio e investimento internacional da Ucrânia, afirmaram em entrevistas ao Grupo de Mídia da China que a ação unilateral de Pelosi contrariam gravemente o princípio de “uma só China” e os três comunicados conjuntos entre a China e os EUA. Para eles, a visita representou uma violação de má intenção à soberania e integridade territorial chinesa e trouxe prejuízos grandes à ordem internacional após a segunda guerra mundial.

Conforme Borchmann, o jornal alemão Suddeutsche Zeitung reportou que Pelosi é considerada um “cogumelo venenoso subido de repente do chão da floresta molhada” até mesmo dentro do próprio Partido Democrático. O especialista comparou Pelosi à protagonista da obra A Visita da Velha, escrito pelo dramaturgo sueco Friedrich Dürrenmatt. De acordo com o livro, uma velha visitou a vila Gullen e trouxe muitas maldades e incômodos ao local, e Pelosi também causa incertezas à paz da região Ásia-Pacífico.

Em sua entrevista, Fabio Massimo Parenti apontou que os EUA não cumpriram suas promessas, nem respeitaram as convenções internacionais e normas da lei internacional. O consenso de que Taiwan faz parte da China tem base na lei internacional, mas os EUA violam a lei internacional com condutas reais. O país é o maior provocador de danos na estabilidade mundial e representa a maior ameaça à paz mundial, afirmou o especialista.

Já Serdechnyi Oleksandr apontou que o princípio de “uma só China” é consenso geral da comunidade internacional e norma básica das relações internacionais. O fato de que Taiwan faz parte inseparável do território chinês é um dos pilares da ordem internacional. “Acho que nenhum país pode interferir em assuntos internos alheios e os países devem respeitar a soberania dos outros”, disse o economista.