Comentário: Visita de Pelosi a Taiwan prejudica a economia e a credibilidade dos EUA
Fonte: CRI Published: 2022-08-03 22:02:41

Na terça-feira, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, fez uma visita surpresa à região chinesa de Taiwan. No mesmo dia, o mercado de ações dos EUA fechou com todos os três principais índices em queda. As chances de melhorar as relações EUA-China foram seriamente prejudicadas por Pelosi. A questão de Taiwan é a mais importante e sensível nas relações EUA-China.

Anteriormente, o lado norte-americano afirmou repetidamente que sua política de “uma só China” não mudou nem mudará e que não apoia a “independência de Taiwan”. O fato, porém, é que o jogo político de Pelosi prejudicou seriamente a credibilidade nacional dos Estados Unidos, bem como a base política sino-norte-americana.

As relações econômicas e comerciais entre os dois países são uma parte importante das relações bilaterais. Não muito tempo atrás, os líderes dos EUA expressaram o desejo de cooperar em áreas onde seus interesses se sobrepõem aos da China. O fato de Pelosi ter cruzado o limite das relações bilaterais e estar buscando ganhos pessoais prejudica os interesses gerais dos EUA e de seu povo.

A economia dos EUA está atualmente sob pressão de fatores como a alta inflação, a pandemia de Covid-19 e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Os dados econômicos dos EUA para o segundo trimestre caíram 0,9%, e o índice de preços ao consumidor subiu 9,1% em junho em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo um novo recorde em quase 41 anos.

A insistência na deterioração das relações China-EUA neste momento restringe o escopo da cooperação econômica e comercial bilateral, e os danos resultantes para a economia norte-americana só podem ser suportados pelo próprio país.

A atual dívida nacional dos EUA é de mais de US$ 30 trilhões, e a China detém cerca de US$ 1 trilhão em dívidas norte-americanas. Em maio deste ano, a China já vinha reduzindo suas participações em dívidas dos EUA há muitos meses.

De acordo com a análise de especialistas, a China pode considerar desalavancar ainda mais seu estoque de dívidas dos EUA assim que as relações bilaterais se deteriorarem. Além disso, o país oriental tem inúmeras ferramentas de política econômica e comercial para tomar contramedidas contra os EUA.

Os recursos estratégicos nos quais a China tem uma vantagem competitiva absoluta, nomeadamente terras raras, médias e pesadas, podem estar sujeitos ao controle da exportação para os EUA, enquanto a China pode reduzir as suas importações de petróleo e gás dos EUA e aumentar as da Rússia.

Os EUA são totalmente responsáveis por tudo isso.

Tradução: Carlos Shi

Revisão: Erasto Santos Cruz