Macau, 13 de março de 2013

por Isabel Shi

Hoje foi um dia relativamente tranquilo. Estive numa conferência na Universidade de Macau, onde se debateu o "útil" e o "inútil" da poesia no cenário atual. Este é um tema que me fez pensar. Confesso que na minha vida foram raras as vezes que li poemas, além daqueles que tínhamos de recitar e saber de cor e salteado na escola primária e secundária. Portanto, sempre me senti afastada da poesia.

Mas, no encontro com os poetas, senti algo de especial neles. Sinto que foi essa mesma poesia que lhes mudou as linhas faciais, bem como a maneira de ser e de viver. O poeta de Macau, Pan Wei, dizia durante a conferência que a poesia fez nascer nele uma nova alma.

Houve também um momento em que os alunos da universidade partilharam alguns dos seus poemas. O poeta chinês Yi Sha, que admiro, foi o mais crítico desses poemas. E sinceramente concordo com os comentários que fez sobre os poemas dos alunos, que se preocuparam mais com a beleza da linguagem e não com a expressão de uma ideia. Como disse ele, desta forma, o poema perde a alma.

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