Portugal mantém postura pró-globalização e abertura comercial

cri Published: 2017-03-28 16:50:28
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Na abertura do Fórum Econômico de Davos, em janeiro deste ano, o presidente chinês, Xi Jinping, fez um discurso intitulado "Assumir conjuntamente as responsabilidades dessa era, e promover em comum o desenvolvimento global". O discurso, que especificou de forma completa e profunda a globalização, chamou a atenção de funcionários governamentais e intelectuais estrangeiros. O ministro da Economia de Portugal, Manuel Caldeira Cabral, disse ter ficado impressionado com o discurso do presidente chinês, e considera que a globalização é uma tendência mundial irreversível.

"(O tema da globalização) está muito relacionado com o discurso do presidente da China em Davos, um discurso em que enfatizou a importância do empenho da China no processo da globalização. E reforçou muito a ideia de que a globalização tem dado um contributo muito importante para tirar milhões de pessoas de pobreza e pode continuar a dar esse contributo."

O ministro português afirmou que a China, na condição de segunda maior economia mundial e país de fundamental importância na Ásia, possui um grande peso no processo de globalização, e que Portugal está muito interessado em participar do processo de abertura da China.

"Eu penso que é importante Portugal marcar presença numa altura em que a China está a trabalhar muito forte na sua abertura. A China é um país presente no mundo, mas neste momento está a defender de forma muito forte um aumento de abertura ao comércio. É uma presença forte na globalização."

Ao falar do despertar de vozes antiglobalização e protecionistas, Manuel Cabral afirmou que Portugal vai continuar a se apresentar como um país aberto, com portas abertas ao investimento, ao comércio e às pessoas que querem viver no país.

"Mas assumimos isso para um momento no mundo em que outros têm dúvidas ou outros querem construir muros. Nós queremos construir pontes e queremos construir pontes com as pessoas de outras culturas, com pessoas de outros países, com pessoas que podem trazer investimento para Portugal, com pessoas que podem também interessar-se pela nossa cultura, ou querer cooperar conosco em projetos científicos, ou em projetos culturais, da mesma forma que podem cooperar conosco em projetos de desenvolvimento econômico, seja projetos de investimento em Portugal, ou seja projetos de investimento em países terceiros, que podem ajudar a fazer diferença e podem ajudar a criar mais empregos em Portugal."

A China e os países de língua portuguesa vêm reforçando as trocas e intercâmbios nos últimos anos. Segundo o ministro, Portugal quer aproveitar a plataforma do Fórum de Macau para promover a cooperação econômico-comercial entre a China e o mundo lusófono.

"Portugal também quer jogar um papel ativo e eu penso que, nesse aspecto, o Fórum de Macau também já realçou esta ideia, um papel ativo na ligação triangular entre a China, Portugal e os países de expressão portuguesa. E de fato, vários projetos que, em comum, as empresas portuguesas com o conhecimento que têm desses países, com o conhecimento que têm da cultura desses países de língua portuguesa, (podem ajudar na efetuação desses projetos). E com a escala e a capacidade financeira que têm as empresas chinesas, podem em conjunto fazer projetos bem-sucedidos, e que terão um impacto importante no desenvolvimento dos países de expressão portuguesa, mas também terão um impacto importante em termos de criarem projetos sustentáveis e rentáveis para os dois países."

Tradução: Laura, Paula

Revisão: Rafael

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